Problématisations sur la diversité et la différence et le rapport à la rationalité néolibérale sur le marché du travail de l'agroalimentaire
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v9i1.2248Mots-clés :
Différence;, Diversité;, NélibéralismeRésumé
Cet article vise à analyser le programme Diversité, qui s'inscrit dans une industrie agro-alimentaire internationale, afin de discuter de la façon dont la diversité est devenue un thème présent dans différents espaces, y compris sur le marché du travail, plus précisément, dans l'industrie. Dans l'étude, nous établissons quelques liens avec les propositions de Foucault, dont la problématisation, qui est l'outil d'analyse utilisé pour construire cet article. Nous avons analysé trois entretiens avec des chefs d'entreprise sur leur compréhension de la diversité et comment cette thématique est entrée dans l'entreprise. Pour favoriser la problématisation de ces entretiens, nous avons recherché, dans une optique post-structuraliste, des théoriciens qui abordent les concepts de diversité et de différence et les rapportent à la rationalité néolibérale. L'analyse des données empiriques a montré que les discours sur le Programme Diversité sont imprégnés de rationalité néolibérale et, en même temps, ne garantissent pas l'inclusion de la différence, puisque la diversité dialogue avec l'universel, et la différence parle avec l'unique. Il a également été mis en évidence que l'entreprise, en incluant cette thématique comme valeur, cherche à avoir, chez son personnel, un certain reflet de la société dans laquelle elle évolue. Nous pensons que cette recherche est puissante dans le sens où elle nous fait mieux comprendre comment la diversité est appréhendée dans le contexte industriel et comment ce concept est travaillé pour l'inclusion des sujets dans l'environnement de travail.
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