As culturas do medo e da farmácia do consumo em tempos da covid-19 na sociedade líquida

Auteurs

  • Antonio Flávio Ferreira de Oliveira Universidade Estadual da Paraíba.
  • Ilderlândio Assis de Andrade Nascimento Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

DOI :

https://doi.org/10.23899/relacult.v7i1.1857

Mots-clés :

Cultura do medo, Sociedade, Lives, Covid-19, Manchete.

Résumé

Este trabalho objetiva analisar a discursivização do medo em manchetes de notícias veiculadas no site G1 que noticia informações da covid-19. Para isso, dialogou-se com estudos de Bauman (2008, 2011), Hall (2006), Canclini (2008), Eagleton (2011) e Nova (2009). Metodologicamente, a pesquisa se caracteriza como explicativa, apresentando uma abordagem qualitativa, e utiliza a Análise de Conteúdo, pois interpreta enunciados, procurando compreender a construção de efeitos de sentidos manifestos em manchetes de notícias. Como resultado, verificou-se que a análise interpretativa das manchetes leva a entendê-las enquanto mercadoria do espetáculo, que constitui efeitos de sentidos a partir da atenção centrada no número de casos de coronavírus no Brasil e em sua letalidade. Em paralelo ao medo da covid-19, surgem formas de interação social, a saber, as lives. Assim, as manchetes materializam o surgimento das lives como mercadorias de consumo. Numa conjuntura de isolamento social, as lives se configuram elementos do “novo normal”, uma nova forma de encontro com o outro via aparelho digital. Ademais, as lives configuram um novo jeito de alinhar a cultura do medo à cultura do consumo, numa tentativa de substituir o mundo sensível por um conjunto de imagens fabricadas como produto do espetáculo.

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Bibliographies de l'auteur

Antonio Flávio Ferreira de Oliveira, Universidade Estadual da Paraíba.

Professor do Curso de Letras da Universidade Estadual da Paraíba. Doutor em Linguística pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal da Paraíba.

Ilderlândio Assis de Andrade Nascimento, Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Professor do Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Doutor em Linguística pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal da Paraíba.

Références

BAUMAN, Zygmunt. Medo líquido. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

BAUMAN, Zygmunt. 44 cartas do mundo líquido moderno. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.

CANCLINI, Nestor. García. Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo: Edusp, 2008.

DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo: comentários sobre a sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.

EAGLETON, Terry. A ideia de cultura. São Paulo: Editora Unesp, 2011.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.

NOVA, Sebastião Vila. Introdução à sociologia. São Paulo: Atlas, 2009.

ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo. Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.

RUMNEY, Jay. MAIER, Joseph. Manual de sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1963.

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Publiée

2021-05-16

Comment citer

de Oliveira, A. F. F., & Nascimento, I. A. de A. (2021). As culturas do medo e da farmácia do consumo em tempos da covid-19 na sociedade líquida. RELACult - Revista Latino-Americana De Estudos Em Cultura E Sociedade, 7(1). https://doi.org/10.23899/relacult.v7i1.1857

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Rubrique

Artigos - Fluxo Contínuo