Cultura afetiva: a construção do ser brincante no contexto urbano externo
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v6i6.1789Mots-clés :
Cultura afetiva, brincadeiras coletivas, criança, espaço público urbano, Cidade Belo Horizonte.Résumé
A transformação dos espaços em lugares de afeto é uma possibilidade que advêm das relações em divertimento e brincadeiras. Essa relação pode proporcionar uma reflexão sobre o comportamento humano e gerar novos caminhos para a participação social. São utilizados os estudos que buscam apreciar as crianças a partir da sua realidade social, da cultura afetiva que estão inseridas e que, também, são capazes de construir. Busca-se analisar a realidade afetiva vivenciada por crianças, no ambiente sociocultural. Como objeto de estudo foi utilizado os registros em eventos de brincadeiras infantis em parques e ambientes públicos, na capital mineira. O Programa “Escola Livre de Artes Arena da Cultura em Belo Horizonte” executa o projeto “Brinquedos e Brincadeiras”. Este projeto está contribuindo no fortalecimento de relações sociais com o ambiente em diversos espaços públicos, na cidade de Belo Horizonte. De forma gradual, o Programa “BH é da Gente” executa atividades de recreação infantil para a comunidade, valorizando a cultura local. A diversidade geográfica e cultural são instrumentos para a experimentação de novas formas do brincar. Em considerações, pode-se dizer que, a brincadeira é sempre um produto coletivo e inovador. Pois, aquele que brinca é um agente ativo deste processo, contribuindo para a produção de culturas particulares entre os brincantes, em cada ambiente.Références
BENJAMIM, W. Reflexões: A Criança o Brinquedo e a Educação. São Paulo, Summus Editorial, 1984.
BH PELA INFÂNCIA. O que queremos? Disponível em: https://bhpelainfancia.com.br/o-que-queremos/. Acesso em: 22 nov. 2019.
BUSSAB, V. S. R. Afetividade e interação social em crianças: perspectiva psicoetológica. 2003. Tese (Livre-docência em Psicologia) Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
BUZAN, T. Mapas Mentais. Rio de Janeiro: Sextante, 2009.
CARVALHO, A. M. A. O que é “social” para a psicologia? Revista Temas em Psicologia, v. 3, 1994.
CASTRO, L. R. Crianças e jovens na construção da cultura. Rio de Janeiro: Nau, 2001.
COELHO, G. N. Brincadeiras na favela: a constituição da infância nas interações com o ambiente. In: VASCONCELLOS, V. M. R; SARMENTO , M. J. (Orgs.). Infância (in)visível. Araraquara: Junqueira & Marin, 2007.
COLONNA, E.; BRÁS, E. J. Crianças e espaço urbano em Maputo. In: MÜLLER, V. R. (Ed.). Crianças dos países de língua portuguesa: Histórias, cultura e direitos. Maringá: Editora da Universidade Estadual de Maringá, 2011.
CORSARO, W. Friendship end peer in the early years. Norwood: Ablex, 1985.
COTRIM, G. S. et al. Espaços urbanos para (e das) brincadeiras: um estudo exploratório na cidade de Salvador (BA). Psicologia: teoria e prática, São Paulo, v. 11, 2009.
______; BICHARA, I. D. O brincar no ambiente urbano: limites e possibilidades em ruas e parquinhos de uma metrópole . Revista Psicologia, Reflexão e Critica [online]. vol.26, n.2, 2013, p. 388-395. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722013000200019.
DA MATTA, R. A casa e a rua. São Paulo: Brasiliense, 1985.
DUARTE, C. R. et al. Favela, um bairro. São Paulo: Proeditores, 1996.
ELLIS, J. Researching children’s place and space. Journal of Currículum Theorizing, nº 20, vol.1, 2004.
GARCIA, A.; PEREIRA, P. Amizade na infância: um estudo empírico. Psic. Revista de Psicologia. Vetor Editora, nº. 9, vol. 1, 2008.
GIACOMONI, C. H.; SOUZA, L. K.; HUTZ, C. S. A visão das crianças sobre a felicidade. Revista Quadrimestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, SP. Volume 18, Número 1, Janeiro/Abril de 2014, p.143-150, 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pee/v18n1/v18n1a15.pdf. Acesso em: 20. nov. 2019.
HUEBNER, E. S; GILMAN, R. An introduction to the multidimensional student's life satisfaction scale. Social Indicators Research, nº 60, 2002.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira, 2016. Rio de Janeiro: IBGE - Coordenação de População e Indicadores Sociais, 2016.
KARSTEN, L. Children’s use of public space: The gendered world of the playground. Childhood (London), nº10, vol.4, 2003.
______; VLIET, W. Children in the city: Reclaiming the street. Children, Youth and Environments, nº16, vol.1, 2006.
LOPES, J. J. M. Geografia da Infância: contribuições aos estudos das crianças e suas infâncias. In: Revista Educação Pública. Cuiabá v. 22 n. 49/1, 2013.
LOUV, R. A Última Criança na Natureza. São Paulo: Aquariana, 2005.
LYNCH, K. The Image of the City. Cambridge: M. I. T. Press, 1960.
MATTHEWS, H. The street as a liminal space: The barbed spaces of childhood. In P. Christensen & M. O’Brien (Eds.), Children in the city: Home, neighborhood and community. New York: Routledge, 2003.
MENDONÇA, P. A Natureza que ensina. Disponível em: http://conexaoplaneta.com.br/blog/a-natureza-que-ensina/. Acesso em: 24 nov.2019.
MORAES, M. S.; OTTA, E. Entre a serra e o mar. In: CARVALHO, A. M. A.; MAGALHÃES, C. M. C.; PONTES, F. A. R.; BICHARA; I. D (Org.). Brincadeira e cultura: viajando pelo Brasil que brinca. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.
NORMAN, A. D. Design emocional. Por que adoramos (ou detestamos) os objetos do dia-a-dia. Rio de janeiro: Rocco, 2008.
PEREZ, B. C.; JARDIM, M. D. Os lugares da infância na favela: da brincadeira à participação. Revista Psicologia Social [online]. Vol. 27, n.3, 2015. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1807-03102015v27n3p494.
PERLMAN, J. E. O mito da marginalidade: favelas e políticas no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.
PIAGET, J. ; INHELDER, B. A representação do espaço na criança. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.
PREFEITURA DE BELO HORIZONTE. Disponível em: https://prefeitura.pbh.gov.br/. Acesso em: 20 nov. 2019.
PROGRAMA BH É DA GENTE. Disponível em: https://prefeitura.pbh.gov.br/noticias/bh-e-da-gente-cumpre-funcao-de-protecao-social-na-pedreira-prado-lopes. Acesso em: 20 nov. 2019.
PROGRAMA ESCOLA LIVRE DE ARTES ARENA DA CULTURA EM BELO HORIZONTE. Disponível em: https://prefeitura.pbh.gov.br/index.php/noticias/pbh-prepara-programacao-especial-de-ferias-nos-centros-culturais-e-bibliocas. Acesso em: 20 nov. 2019.
RASMUSSEN, K. Places for children – Children’s places. Childhood, nº11, vol.2, 2004.
SELIGMAN, E. P. M. Authentic Happiness: Using Positive Psychology to Realization Permanent. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.
TUAN, Yi-Fu. Espaço e lugar - a perspectiva da experiência.. Rio Claro: Difel, 1983.
______. Geografia Humanística. In: CHRISTOFOLETTI, A. Perspectivas da Geografia. São Paulo: Difel, 1982.
______. Topofilia. Um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. São Paulo: Difel, 1980.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Copyright Nadja Maria Mourão, Ana Célia Carneiro Oliveira 2020

Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d’Utilisation Commerciale 4.0 International.
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes :
Les auteurs conservent les droits d’auteur de leurs œuvres et accordent à RELACult le droit de première publication. Tous les articles sont simultanément publiés sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0), qui permet le partage, la distribution, la copie, l’adaptation et l’utilisation commerciale, à condition que la paternité originale soit correctement attribuée et que la première publication dans cette revue soit mentionnée.
RELACult met l’ensemble de son contenu en accès libre, augmentant ainsi la visibilité et l’impact des travaux publiés. Les informations de contact fournies dans le système de soumission sont utilisées exclusivement pour la communication éditoriale et ne seront pas partagées à d’autres fins.