Descolonizando territórios na América Latina: esforços ontológicos e epistemológicos dos povos indígenas
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v6i2.1777Mots-clés :
América Latina, colonialidade, descolonização, poder, territórios.Résumé
O debate sobre a descolonização de territórios na América Latina diz respeito aos esforços ontológicos (das lutas) e epistemológicos (teóricos) dos povos originários/indígenas, comunidades quilombolas, populações tradicionais e grupos subalternizados em busca de reconhecimento de seus direitos como a terra, o território, a saúde e a educação. Para isso o procedimento metodológico adotado foi a pesquisa bibliográfica. A América Latina/Abya Yala/Quilombola é uma construção histórica e apresenta uma ideia de um lugar do mundo como um produto colonial. Estamos imersos na “colonialidade do poder e do saber”. Este texto problematiza, assim, a geografia cultural da América Latina por meio da descolonização do poder. É fundamental adotar a perspectiva decolonial na análise cultural latino-americana para imaginar horizontes emancipatórios e construir práticas de luta e resistência. A América Latina é construída pelas histórias vividas e quanto maior e mais diversos forem os números de narrativas, melhor poderemos verificar e potencializar a diversidade desse espaço, seus conflitos e lutas.
Références
CANCLINI, N. G. Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. 4 ed. São Paulo: EdUSP, 2003.
CASTRO-GÓMES, S. Ciências sociais, violência epistêmica e o problema da “invenção do outro”. In: LANDER, E. (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais: perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005, pp. 80-87.
CHAUÍ, M. Cultura e democracia: o discurso competente e outras falas. 12 ed. São Paulo: Cortez, 2007.
DARDOT, P.; LAVAL, C. Commun: essai sur la révolution au XXIe siècle. Paris: La Découverte, 2014.
DUSSEL, E. Europa, modernidade e eurocentrismo. In: LANDER, E. (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005, pp. 8-23.
ELIAS, N. O processo civilizador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1994.
FANON, Frantz. Os condenados da terra. Juiz de Fora: Ed. UFJF, 2005.
FOUCAULT, M. Ditos e Escritos VI: Repensar a política. Rio de Janeiro: Florense Universitária, 2010.
FOUCAULT, M. Em defesa da sociedade: curso do Collège de France (1975-1976). São Paulo: Martins Fontes, 1999.
GALEANO, Eduardo. De Las venas abiertas de América Latina a Memoria del fuego. Montevideo: Universidad de la República, 1987.
GONZÁLEZ CASANOVA, P. Colonialismo interno (una redefinición). In: BORON, A. AMADEO, J. GONZÁLEZ, S. (Orgs.). La teoría marxista hoy. CLACSO, Buenos Aires, 2006, p. 431-458.
GROSFOGUEL, R. La descolonización de la economía política y los estudios postcoloniales: transmodernidad, pensamiento fronterizo y colonialidad global. Tabula Rasa. Bogotá - Colômbia, n. 4, Janeiro-junho de 2006, p. 17-48.
GROSFOGUEL, Ramon. Hacia un pluri-versalismo transmoderno decolonial. Tabula Rasa. Bogotá - Colombia, n. 9, julho-dezembro de 2008, p. 199-215.
KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
MIGNOLO, W. Histórias locais/projetos globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Belo Horizonte: UFMG, 2003.
MORSE, M. R. O espelho de próspero: cultura e ideias nas Américas. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
PORTO-GONÇALVEZ, C. W. A invenção de novas geografias: a natureza e o homem em novos paradigmas. In: Território, territórios: ensaios sobre o ordenamento territorial. Rio de Janeiro: Lamparina, 2007.
QUENTAL, P. de A. Entre o fato e o artefato: notas sobre a invenção do conceito de América Latina. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós Graduação em Geografia, Universidade Federal Fluminense. Niterói, 2010.
QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E. (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005, pp. 107-130.
REIS, L. Conversas ao Sul: ensaios sobre literatura e cultura latino-americana. Niterói: EdUFF, 2009.
SAÏD, E. W. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4. ed. São Paulo: EDUSP, 2004.
SOUSA SANTOS, B. de. Para uma Sociologia das Ausências e uma Sociologia das Emergências. In: SOUSA SANTOS, B. de (Org.). Conhecimento prudente para uma nova vida decente: um discurso sobre as ciências revisitado. São Paulo: Cortez, 2004.
TODOROV, T. A conquista da América: a questão do outro. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
WALLERSTEIN, I. The Politics of the World-Economy: The States, the Movements and the Civilizations. Cambridge: Cambridge University Press, 1984.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes :
Les auteurs conservent les droits d’auteur de leurs œuvres et accordent à RELACult le droit de première publication. Tous les articles sont simultanément publiés sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0), qui permet le partage, la distribution, la copie, l’adaptation et l’utilisation commerciale, à condition que la paternité originale soit correctement attribuée et que la première publication dans cette revue soit mentionnée.
RELACult met l’ensemble de son contenu en accès libre, augmentant ainsi la visibilité et l’impact des travaux publiés. Les informations de contact fournies dans le système de soumission sont utilisées exclusivement pour la communication éditoriale et ne seront pas partagées à d’autres fins.