Memórias e Paisagem da Zona Portuária da Cidade do Rio Grande/RS: concepções e perspectivas de um grupo de estudantes
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v6i4.1744Mots-clés :
Memória, Paisagem, Ensino de HistóriaRésumé
Este artigo tem sua origem em nossas inquietações e indagações sobre questões que transcendem aspectos puramente objetivos da existência humana. Nesse sentido, o que nos entusiasma são os entrelaçamentos entre Memória e Paisagem no contexto do Ensino de História. Por esses caminhos, a pesquisa que suscitou essa publicação aconteceu a partir dos referenciais da Nova História Cultural. Logo, consideramos as dimensões dos significados, das práticas, das representações e dos símbolos. Por esse ângulo, a questão que nos mobilizou foi a seguinte: Quais concepções e perspectivas históricas emergem entre estudantes do Ensino Fundamental, a partir do contato com a Paisagem e as Memórias da zona portuária da cidade do Rio Grande/RS? A pesquisa desenvolvida é de cunho social e articula dimensões coletivas e individuais. Para a análise das informações discursivas, utilizamos a técnica do Discurso do sujeito Coletivo (DSC), elaborada por Lefèvre e Lefèvre. Pela tessitura realizada, entendemos que emergiu uma expectativa por parte dos estudantes de que a História pudesse lhes entregar algumas “chaves” que lhes permitissem compreender sua existência no tempo e no espaço e que lhes possibilitasse a autonomia necessária para acolher ou refutar àquilo que no contexto de uma cultura é considerado essencial. Desse modo, compreendemos que as interações entre Memória e Paisagem suscitam reflexões sobre a dimensão cultural e essa condição age diretamente na ampliação da capacidade reflexiva que busca suprir demandas essenciais ao construto do ser.
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