Direitos Indígenas, Território E Resistência: Notas Em Torno De Uma Aldeia Mbyá Guarani No Litoral Do Paraná
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i5.1552Mots-clés :
Guarani Mbyá, indígenas, interesses privados.Résumé
Dentro de um sistema ganancioso onde o principal objetivo é o lucro juntamente com uma conjuntura política que estamos vivenciando em que cada vez mais as minorias são deixadas de lado no litoral paranaense há uma proposta de construção de um porto no município de Pontal do Paraná. O discurso propagado é o de que a construção do porto irá trazer benefícios, sendo um deles a construção de uma rodovia duplicada entre os balneários de Praia de Leste e Pontal do Sul. A aldeia Guaviraty, de população indígena Mbyá Guarani, está localizada na extensão territorial de Mata Atlântica neste mesmo município, o que faz com que esta esteja inserida neste contexto social conflitante, onde tal construção possa de alguma forma afetar a permanência destes indígenas nesta região. Nesse sentido, a intenção deste trabalho é problematizar e dar visibilidade a este assunto, pois quando envolve interesses privados, a tendência é que os acontecimentos ocorram por baixo dos panos, independente dos problemas gerados por tal decisão, e que os agentes públicos responsáveis pelo cumprimento de leis específicas a garantia do direito indígena de existir e sobreviver na plenitude de seus projetos individuais e coletivos de vida atuem de maneira legal.
Références
BORGES, Clovis; ATHAYDE, Aristides. Que futuro queremos para Pontal do Paraná. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/que-futuro-queremos-para-pontal-do-parana-caspeaogydvnxmyodmlpb70rz Acesso em: 18 mai. 2019.
BRASIL. Constituição 1988. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2002.
BRONZ, Deborah; BEZERRA, Marcos Otavio. “Grandes empreendimentos”, administração
pública e populações. Revista Antropolítica, n. 37, p. 131-136, Niterói, 2. sem. 2014. Disponível em: http://www.revistas.uff.br/index.php/antropolitica/article/view/261/183 Acesso em: 21 mai. 2019.
Guarani Retã 2008: Povos Guarani na fronteira Argentina, Brasil e Paraguai. Disponível em:
https://pib.socioambiental.org/files/file/PIB_institucional/caderno_guarani_%20portugues.pdf Acesso em: 21 mai. 2019.
OLIVEIRA, Luís R. Cardoso de. A vocação crítica da Antropologia. Anuário Antropológico/90. RJ: Tempo Brasileiro; 1993. p. 67-81. Disponível em: https://app.uff.br/riuff/bitstream/1/5767/1/A_vocacao_critica_da_Antropologia.pdf Acesso em: 21 mai. 2019.
Relatório de Impacto Ambiental e Estudo de Impacto Ambiental. Disponível em: http://www.infraestrutura.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=544 Acesso em: 21 mai. 2019.
Respostas sobre a Faixa de Infraestrutura. Disponível em: http://www.infraestrutura.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=558 Acesso em: 21 mai. 2019.
SOUSA, Cássio N. I. de; ALMEIDA, Fábio Vaz R. de (Orgs.). Gestão territorial em terras indígenas no Brasil. Brasília: Ministério da Educação; Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão; Unesco; 2015. Coleção Educação para todos; v. 39. Série vias dos saberes; n.6
Figura 2 – Print screen do mapa da Terra Índigena Sambaqui. Fonte: ISA, 2019. Disponível em: https://terrasindigenas.org.br/pt-br/terras-indigenas/4971 Acesso em: 21 mai. 2019.
Figura 5 - Infográfico da região e da obra Fonte: Gazeta do Povo, 2018. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/politica/parana/como-vivem-os-indios-que-estao-na-area-prevista-para-a-faixa-de-infraestrutura-07w2kyf5heucnmoga7fpp7is9/#ancora-2 Acesso em: 21 mai. 2019.
XV ACAMPAMENTO TERRA LIVRE – 2019: RESISTIMOS HÁ 519 ANOS. Disponível em: https://mobilizacaonacionalindigena.wordpress.com/2019/04/24/xv-acampamento-terra-livre-2019-resistimos-ha-519-anos/ Acesso em: 21 mai. 2019.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes :
Les auteurs conservent les droits d’auteur de leurs œuvres et accordent à RELACult le droit de première publication. Tous les articles sont simultanément publiés sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0), qui permet le partage, la distribution, la copie, l’adaptation et l’utilisation commerciale, à condition que la paternité originale soit correctement attribuée et que la première publication dans cette revue soit mentionnée.
RELACult met l’ensemble de son contenu en accès libre, augmentant ainsi la visibilité et l’impact des travaux publiés. Les informations de contact fournies dans le système de soumission sont utilisées exclusivement pour la communication éditoriale et ne seront pas partagées à d’autres fins.