Um outro olhar: as experiências oleiras das comunidades das margens do rio Itacuruçá, em Abaetetuba-PA
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i5.1522Mots-clés :
comunidades oleiras, descolonialidade, trabalho infantil, indivisibilidades, universalidades.Résumé
Nesse artigo levanta-se a premissa de que a produção jurídica estabelecida no plano internacional sobre dignidade da pessoa humana, direitos humanos, proteção integral da criança e a concepção de trabalho infantil é fruto de uma racionalidade hegemônica geradora de universalidades e indivisibilidades, iniciada com o descobrimento das Américas, que invisibiliza saberes e tradições locais como as vivenciadas na região amazônica pelas comunidades oleiras das margens do Rio Itacuruçá em Abaetetuba-Pa. Como estratégia de superação dessa invisibilidade se adota a opção decolonial como outro olhar, e nesse viés se buscará o diálogo teórico fomentado pela crítica pós-colonial, tendo por base o repertório de pesquisas inaugurado na América Latina pelo Grupo Modernidade/Colonialidade/Descolonialidade (M/C/D), mormente os difundidos por Walter Mignolo uma das principais figuras do Pensamento Decolonial, visando evidenciar a resistência cultural dos povos ribeirinhos insertos no cenário amazônico.
Références
BALLESTRIN, L. América latina e o giro decolonial. Revista Brasileira de Ciência Política, n.11, p. 89-117, maio-agosto/2013.
BRASIL, Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador, Brasília, Ministério do trabalho e Emprego, Secretaria de Inspeção do Trabalho, 2004, 82p.
CARDOSO, M.B.C. e HAGE, S.M. No remanso do contexto ribeirinho e quilombola da Amazônia. Revista Margens Interdisciplinar. v. 8, n.10, p.109-125. Disponível em: http://periodicos.ufpa..br/index.php/revistamargens/issue/view/149.
CARVALHO, J.J. O olhar etnográfico e a voz subalterna. Horizontes Antropológicos, ano 7, n.15, p.107-147, julho/2001.
HALL, S. Identidade Cultural e diáspora. Comunicação e Cultura, n.1, 2006, p. 21-35.
MARCUS, G. Identidades passadas, presentes e emergentes: requisitos para etnografias sobre a modernidade no final do século XX ao nível mundial. Revista de Antropologia, n.34, 1991. p. 197-221.
MARIN, J.O.B e MARIN, E.F.B. A internacionalização dos direitos das crianças e suas repercussões na regulação jurídica e combate ao trabalho infantil no Brasil. Revista Latinoamericana de estudios del Trabajo, Sª Época, n.20, 2º Semestre, 2008, p. 129-154.
MIGNOLO, W. Desobediência epistêmica: a opção descolonial e o significado de identidade em política. Tradução de Ângela Lopes Norte. Cadernos de Letras da UFF – Dossiê: literatura língua e identidade, n.34, 2008. p. 287-324.
¬____. Colonialidade. O lado mais escuro da modernidade. Tradução de Marcos Oliveira. RBCS v.32, n.94, p.1-18, junho/2017.
PARÁ, Plano Paraense de Erradicação ao Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador, Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda, 2016, 28p.
PORTELLI, A. História oral como arte da escuta. Tradução Ricardo Santhiago. São Paulo: Letra e Voz, 2016, 196p.
QUIJANO, A. Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina, Perspectivas latino-americanas. CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales. Buenos Aires, 2005. p.117/142.
SANTOS, B.S. Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. Revista Crítica de Ciências Sociais, n.78, p.3-46, outubro/2007.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes :
Les auteurs conservent les droits d’auteur de leurs œuvres et accordent à RELACult le droit de première publication. Tous les articles sont simultanément publiés sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0), qui permet le partage, la distribution, la copie, l’adaptation et l’utilisation commerciale, à condition que la paternité originale soit correctement attribuée et que la première publication dans cette revue soit mentionnée.
RELACult met l’ensemble de son contenu en accès libre, augmentant ainsi la visibilité et l’impact des travaux publiés. Les informations de contact fournies dans le système de soumission sont utilisées exclusivement pour la communication éditoriale et ne seront pas partagées à d’autres fins.