Biblioteca Parque de Manguinhos: afetos, resistências e políticas no cenário cultural carioca

Autores

  • KAREN KRISTIEN SILVA DOS SANTOS Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.23899/relacult.v5i5.1514

Palavras-chave:

cultura, artes, política, políticas culturais, literatura, Ciências Humanas, América Latina

Resumo

Situada no Complexo de Manguinhos, um conjunto composto por 09 favelas e um dos polos de cultura do subúrbio do Rio de Janeiro, a Biblioteca Parque de Manguinhos (BPM), batizada como Biblioteca Marielle Franco, é fruto de um conjunto de políticas públicas voltadas para combate à violência em espaços periféricos. A biblioteca é integrante de uma rede composta por outras 04 unidades, 03 instaladas no município do Rio de Janeiro e uma em Niterói, através de parcerias entre as esferas de governo cujo formato foi inspirado no modelo adotado pelas cidades de Medellín e Bogotá na Colômbia (2006). A BPM figurou como centro de cultura, composto por teatro, cinema, ludoteca, midiateca e salas de leitura; e tornou-se referência no que se trata de oferta e fruição cultural na região onde foi implementada. Também recepcionou diferentes iniciativas ligadas a esporte, lazer, artes e educação oriundas do poder público, do terceiro setor e da sociedade civil. Entretanto, ao longo de sua existência, as bibliotecas parque foram vítimas da descontinuidade que assola os programas culturais no Rio de Janeiro. Em dezembro de 2016 as bibliotecas encerraram suas atividades pela inexistência de verbas para sua manutenção. Foram reabertas em 2018 após disputas pela gestão dos espaços entre o poder público e a iniciativa privada. Este relato debate este percurso histórico a partir da vivência de uma agente cultural formada na Biblioteca Parque de Manguinhos que acompanha a trajetória deste espaço que faz parte de suas relações pessoais e profissionais. O trabalho aborda a função social das bibliotecas públicas relacionado ao acesso à informação e cultura, e propõe a discussão a respeito do desenho de políticas públicas para territórios populares, suas interrupções e os impactos de políticas que deveriam ser de estado, porém são configuradas enquanto políticas de governo.

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Biografia do Autor

KAREN KRISTIEN SILVA DOS SANTOS, Universidade Federal Fluminense

Mestranda do programa Cultura e Territorialidades da UFF (Universidade Federal Fluminense). É especialista em em Linguagens Artísticas, Cultura e Educação pelo IFRJ (Instituto Federal do Rio de Janeiro) e Políticas Culturais de Base Comunitária (FLASCO-Faculdade Latino-America de Ciências Sociais). Atualmente é bolsista em Políticas Culturais na FCRB( Fundação Casa de Rui Barbosa) pelo programa da Cátedra Unesco de Políticas Culturais e Gestão.

Referências

Bibliotecas Parque. Disponível em: http://www.bibliotecasparque.rj.gov.br/bibliotecas/conceito-parque

IBGE. Censo Demográfico 2010. Disponível em: http://www.censo2010.ibge.gov.br

Portal do Ministério da Cultura 2018. Disponível em: goo.gl/TF51cB

Secretaria Municipal de Cultura. Disponível em: http://www.rio.rj.gov.br/web/smc/bibliotecas

UPP RJ. Disponível em: http://www.upprj.com/index.php/informacao/informacao-selecionado/upp-manguinhos/Manguinhos

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Publicado

2019-05-31

Como Citar

SANTOS, K. K. S. D. (2019). Biblioteca Parque de Manguinhos: afetos, resistências e políticas no cenário cultural carioca. RELACult - Revista Latino-Americana De Estudos Em Cultura E Sociedade, 5(5). https://doi.org/10.23899/relacult.v5i5.1514

Edição

Seção

II - Seminário Latino-Americano de Estudos em Cultura