Reflexões acerca do processo histórico-filosófico de ruptura entre homem e natureza.
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i1.1438Mots-clés :
Educação ambiental, filosofia, história, homem, natureza.Résumé
O artigo busca produzir uma síntese da problemática ambiental no que diz respeito aos seus entraves com a formação da mentalidade da cultura “ocidental-moderna”. Para tanto, são apropriadas as contribuições de distintos autores de diversas áreas do saber, entre eles estão: Fritjof Capra, Keith Thomas, Bruno Latour, Karl Marx entre outros. Não se pretende filiar a uma única vertente de abordagem, justamente por acreditar no diálogo multidisciplinar como parte da luta por unir o vaso quebrado da ciência. Três dimensões do pensamento humano são destacadas: a religião, a ciência e a economia. Além de proporcionar um diagnóstico, o texto também procura levantar, ainda que de modo singelo, alguns pequenos vislumbres de possibilidades basilares para construirmos “novas” formas de pensar a natureza. Como parte dessas possibilidades, o texto fecha mencionando a importância de se incluir a perspectiva socioambiental indígena como vanguarda da luta contra a crise generalizada.
Références
ARISTÓTELES. Política. Trad. Pedro C. Tolens. São Paulo: Editora Martin Claret, 2007.
AGOSTINHO, Santo. O livre arbítrio. São Paulo: Paulus, 1995.
BERNA, Vilmar. Como fazer educação ambiental. São Paulo: Paulus, 2001.
BÍBLIA. Bíblia de Jerusalém. São Paulo: Paulus, 2002.
BOFF, Leonardo. Saber Cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. Petrópolis: Vozes, 1999.
BONTEMPO, Gínia César (org.). Assim na terra como no céu: experiências socioambientais na igreja local. Viçosa: Ultimato, 2011.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Somos as águas puras. Campinas: Papirus, 1994.
BRAUDEL, Fernand. O Mediterrâneo e o mundo mediterrânico na época de Felipe II. São Paulo: Livraria Martins Fontes Editores, 1983..
CAPRA, Fritjof. A teia da vida. Uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo: Editora Cultrix, 1996.
FOSTER, John Bellamy. A ecologia de Marx: materialismo e natureza. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.
FREITAS, R. C. M.; NÉLSIS, C. M.; NUNES, L. S. A crítica marxista ao desenvolvimento (in)sustentável. Revista Katálysis. v. 15, n. 1, p. 41-51, Florianópolis: UFSC, 2012.
GUAJAJARA, Sônia. Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Tema: “O papel dos povos indígenas na proteção do meio ambiente e desenvolvimento sustentável e as consequências da MPV 870/19”. CÂMARA DOS DEPUTADOS. 2019. (02h07m25s). Disponível em: <https://youtu.be/PRWlmaeQaM0?t=7646>. Acesso em: 25 abril. 2019.
GRÜN, Mauro. Ética e Educação Ambiental: a conexão necessária. 12ª ed. (Coleção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico). Campinas: Papirus, 2009.
HARRIS, Peter. A Rocha: uma comunidade evangélica luta pela preservação do meio ambiente. São Paulo: ABU Editora, 2001.
HARVEY, David. O novo imperialismo. 2º edição. São Paulo: Edições Loyola, 2005.
HUNTINGTON, Samuel P. Choque de civilizações e a recomposição da ordem mundial. Rio de Janeiro: Objetiva, 1997.
JONES, James. Jesus e a Terra. Viçosa: Ultimato, 2018.
KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. Tradução: Beatriz Perrone-Moisés. Prefácio: Eduardo Viveiros de Castro. 1ª edição. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos: ensaio de antropologia simétrica. Rio de Janeiro: Editora 34, 1994.
LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo. O movimento ambientalista e o pensamento crítico: uma abordagem política. Rio de Janeiro: Quartet, 2006.
_________. Teoria Social e Questão Ambiental: pressupostos para uma práxis crítica em educação ambiental. In: LOUREIRO, C. F. B; LAYRARGUES, P. P; CASTRO, R. S. Sociedade e Meio Ambiente: a educação ambiental em debate. 3. Ed. São Paulo: Cortez, 2002.
LOUREIRO, C. F. B.; COSSIO, M. F. B. Um olhar sobre a educação ambiental nas escolas: considerações iniciais sobre os resultados do projeto 'O que fazem as escolas que dizem que fazem educação ambiental?'. In: MELLO, S. S.; TRAJBER, R. Vamos cuidar do Brasil: conceitos e práticas em educação ambiental na escola. Brasília: Ministério da Educação, UNESCO, 2007.
MARX, Karl. Manuscritos econômico-filosóficos: primeiro manuscrito. 1844. Disponível em: <https://www.marxists.org/portugues/marx/1844/manuscritos/>. Acesso em: 25 abr. 2019.
_________. O capital: crítica da economia política. Livro I, Vol. 2. Tradução de Reginaldo Sant’Anna. 24ª edição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.
MELO, Demian Bezerra. Revisão e revisionismo historiográfico: os embates sobre o passado e as disputas políticas contemporâneas. In: Marx e o Marxismo. v.1, n.1, jul/dez 2013.
MÉSZÁROS, István. A crise estrutural do capital. Tradução: Francisco Raul Cornejo... [et al.]. 2ª edicção rev. e ampliada. São Paulo: Boitempo, 2011.
MONGE, Yolanda. Trump sobre relatório climático do seu Governo: “Não acredito”. In: El País. Washington: 27 nov. 2018. Caderno Internacional, Meio Ambiente. Disponível em: < https://brasil.elpais.com/brasil/2018/11/27/internacional/1543283242_634443.html>. Acesso em: 15 de março de 2019.
MONTIBELLER FILHO, Gilberto. O mito do desenvolvimento sustentável. Tese (Doutorado Interdisciplinar em Ciências Huamanas. Área de concentração: Sociedade e Meio Ambiente) – Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, p. 255. 1999.
NAVARRO, Alexandre Guida. A civilização maia: contextualização historiográfica e arqueológica. In: História [online]. vol.27, n.1, p. 347-377. São Paulo: Unesp, 2008.
OLIVEIRA, Manfredo; ALMEIDA, Custódio. O Deus dos filósofos modernos. vol. 1. 2ª ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2003.
PELICIONI, Maria Cecília Focesi. Educação Ambiental, Qualidade de Vida e Sustentabilidade. In: Saúde e Sociedade. (online) vol. 7, n. 2, p. 19-31, 1998.
QUINTANA, Ana Carolina; HACON, Vanessa. O desenvolvimento do capitalismo e a crise ambiental. In: O Social em Questão. Ano XIV - nº 25/26, 2011.
REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da filosofia: do romantismo ao empiriocriticismo. Vol. 5. (Coleção história da filosodia). São Paulo: Paulus, 2005.
REIGOTA, Marcos. Meio ambiente e representação social. São Paulo: Cortez; 1995.
SHEPARD, Paul. A post-historic primitivismo. In: OELSCHLAEGER, Max (org.). The wilderness condition: essays on environmental and civilization. Washington: Island Press, 1992.
SKINNER, Quentin. As fundações do pensamento político moderno. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
THOMAS, Keith. O Homem e o Mundo Natural: mudanças de atitude em relação às plantas e aos animais (1500-1800). São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
TRAVERSO, Enzo. “Revisión y Revisionismo”. In El Pasado: instrucciones de uso. Historia, memoria, política. Madrid/Barcelona: Marcial Pons, Ediciones Jurídicas y Sociales S.A., 2007.
TRUMP, Donald John. Brutal and Extended Cold Blast could shatter ALL RECORDS - Whatever happened to Global Warming? 21 de novembro de 2018. Twitter: @ realDonaldTrump. Disponível em: <https://twitter.com/realdonaldtrump/status/1065400254151954432>. Acesso em: 2 de fevereiro de 2019.
VAINFAS, Ronaldo. História das Mentalidades e História Cultura. In: CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (orgs.). Domínios da história: ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo: Editora Martin Claret, 2007.
WHITE JR, Lynn. The Historical Roots of Our Ecologic Crisis. In: Science. Vol. 155, 1967.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes :
Les auteurs conservent les droits d’auteur de leurs œuvres et accordent à RELACult le droit de première publication. Tous les articles sont simultanément publiés sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0), qui permet le partage, la distribution, la copie, l’adaptation et l’utilisation commerciale, à condition que la paternité originale soit correctement attribuée et que la première publication dans cette revue soit mentionnée.
RELACult met l’ensemble de son contenu en accès libre, augmentant ainsi la visibilité et l’impact des travaux publiés. Les informations de contact fournies dans le système de soumission sont utilisées exclusivement pour la communication éditoriale et ne seront pas partagées à d’autres fins.