A Cultura do Partejar: Entre a Ancestralidade e a Modernidade
DOI :
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i1.1099Mots-clés :
Parteiras. Velhice. História de vida. Pós-modernidade.Résumé
Este estudo sobre as parteiras e o ato de partejar em tempos pós-modernos visa compreender como as parteiras idosas se percebem no atual contexto visto que a atividade de partejar em casa tem sido cada vez mais substituída pelo atendimento hospitalar.A pesquisa teve com sujeitos duas mulheres parteiras idosas da região do entorno da Comunidade Quilombola de Nova Esperança na zona rural do município de Wenceslau Guimarães Bahia. Essa discussão passa impreterivelmente pelas histórias de vida de duas mulheres idosas que em outrora dedicaram suas vidas em prol de outras mulheres de comunidades rurais. Será necessário refletir como se davam as relações entre a gestante e a parteira, durante e pós-parto e de que maneira estas mulheres parteiras se veem atualmente neste novo contexto social e cultural onde esta prática tem sido cada vez menos solicitada e,paralelamente, a isto acontece esquecimento da importância do legado que estas mulheres construíram ao longo de sua vida. Neste estudo utiliza-se o método Narrativo tendo como aporte a técnica da História Oral de Vida por meio de entrevistas abertas gravadas que se constituem como importante mecanismo que possibilita as colaboras falar sobre si, o que torna a pesquisa rica de subjetividades e memória. O artigo será desenvolvido a partir das categorias Gênero, Identidade, Velhice, Esquecimentos e Pós-modernidades, a partir deteóricoscomo:HebertMarcuse(1975); Michael Pollak (1989);ZygmuntBauman(1997);Joan Scott (1995); Stuart Hall (2014); SigmundFreud (2011); GrinDebert (2004) ; YuvalHarari(2016), dentre outros.Métriques
Références
ALBERTI, V. História oral: a experiência do CPDOC. Rio de Janeiro: Contemporânea do Brasil, 1990.
BAUMAN, Zigmunt, O mal-estar na pós- modernidade. Tradução Mauro Gama, Claudia Martineli Gama. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editora, 1988.
BAUER, M.; JOVCHELOVITCH, S. Entrevista Narrativa. In: BAUER, M.; GASKELL, G.. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som. Petrópolis: Vozes, 2002.
BRUNER, E. Ethnography as narrative. In: TURNER, V.; BRUNER, E. (Ed.). The anthropologyofexperience. Chicago: llinoisUniversity Press, 1986. p. 139-155.
DEBERT, G.G, A reinvenção da velhice. Editora: universidade de São Paulo.São Paulo, 2004.
DICIO. Dicionário Online de Português.Disponível em: https://www.dicio.com.br/parteira/›. Acesso em: 28 de abril de 2017.
FREUD, S, O mal-estar Na Civilização. Tradução: Paulo Cézar de Souza.Companhia Das Letras. São Paulo, 2011.
GODOY, A. S. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. In: Revista de Administração de Empresas. São Paulo 1995.
HALL,Stuart, A identidade na pós-modernidade. Stuart Hall; tradução de Tomaz Tadeu e Silva & Guacira Lopes Louro. Rio de Janeiro: Lamparina, 2014.
HARARI, Y.N.Homo Deus: uma breve história do amanhã. EDITORA SCHWARCZ S.A. São Paulo, 2015.
LARGURA, M. A assistência ao parto no Brasil: aspectos espirituais, psicológicos, biológicos e sociais. São Paulo: 1998.
MAIA. Maia Luna. Com o poder de Deus nas mãos: concepções das parteiras acerca da vivência do parto numa perspectiva da espiritualidade. Dissertação de Mestrado. João Pessoa, 2013. Disponível em: http://tede.biblioteca.ufpb.br/bitstream/tede/4208/1/ArquivoTotalLuna.pdf. Acesso em: 1 de maio de 2017.
MARCUSE, H, Eros e Civilização: Uma Interpretação Filosófica do Pensamento de Freud. Tradução de Álvaro Cabral. ZAHAR EDITORES, RIO DE JANEIRO, 1976.
MEIHY, J.C.S.Bom. Manual de história oral. São Paulo: Loyola, 2002.
MINAYO, M. C. S. (2002). Ciência, técnica e arte: O desafio da pesquisa social. In M. C. S. Minayo, Pesquisa social: Teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes.
MICHAELLIS. Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. Editora Melhoramentos. Disponível em: http://michaelis.uol.com.br/busca?id=L1lwP. Acesso em 28 de abril de 2017.
POLLAK, Michael. Memória, Esquecimento, Silêncio . ESTUDOS HISTÓRICOS – 1989.
SCOTT. Joan Wallach. “Gênero: uma categoria últil de análise histórica.” Educação e realidade. Porto Alegre. Vol. 20. Nº 2. 1995.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos trabalhos publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.