As culturas do medo e da farmácia do consumo em tempos da covid-19 na sociedade líquida
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v7i1.1857Palabras clave:
Cultura do medo, Sociedade, Lives, Covid-19, Manchete.Resumen
Este trabalho objetiva analisar a discursivização do medo em manchetes de notícias veiculadas no site G1 que noticia informações da covid-19. Para isso, dialogou-se com estudos de Bauman (2008, 2011), Hall (2006), Canclini (2008), Eagleton (2011) e Nova (2009). Metodologicamente, a pesquisa se caracteriza como explicativa, apresentando uma abordagem qualitativa, e utiliza a Análise de Conteúdo, pois interpreta enunciados, procurando compreender a construção de efeitos de sentidos manifestos em manchetes de notícias. Como resultado, verificou-se que a análise interpretativa das manchetes leva a entendê-las enquanto mercadoria do espetáculo, que constitui efeitos de sentidos a partir da atenção centrada no número de casos de coronavírus no Brasil e em sua letalidade. Em paralelo ao medo da covid-19, surgem formas de interação social, a saber, as lives. Assim, as manchetes materializam o surgimento das lives como mercadorias de consumo. Numa conjuntura de isolamento social, as lives se configuram elementos do “novo normal”, uma nova forma de encontro com o outro via aparelho digital. Ademais, as lives configuram um novo jeito de alinhar a cultura do medo à cultura do consumo, numa tentativa de substituir o mundo sensível por um conjunto de imagens fabricadas como produto do espetáculo.Métricas
Citas
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