Memórias e Paisagem da Zona Portuária da Cidade do Rio Grande/RS: concepções e perspectivas de um grupo de estudantes
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v6i4.1744Palabras clave:
Memória, Paisagem, Ensino de HistóriaResumen
Este artigo tem sua origem em nossas inquietações e indagações sobre questões que transcendem aspectos puramente objetivos da existência humana. Nesse sentido, o que nos entusiasma são os entrelaçamentos entre Memória e Paisagem no contexto do Ensino de História. Por esses caminhos, a pesquisa que suscitou essa publicação aconteceu a partir dos referenciais da Nova História Cultural. Logo, consideramos as dimensões dos significados, das práticas, das representações e dos símbolos. Por esse ângulo, a questão que nos mobilizou foi a seguinte: Quais concepções e perspectivas históricas emergem entre estudantes do Ensino Fundamental, a partir do contato com a Paisagem e as Memórias da zona portuária da cidade do Rio Grande/RS? A pesquisa desenvolvida é de cunho social e articula dimensões coletivas e individuais. Para a análise das informações discursivas, utilizamos a técnica do Discurso do sujeito Coletivo (DSC), elaborada por Lefèvre e Lefèvre. Pela tessitura realizada, entendemos que emergiu uma expectativa por parte dos estudantes de que a História pudesse lhes entregar algumas “chaves” que lhes permitissem compreender sua existência no tempo e no espaço e que lhes possibilitasse a autonomia necessária para acolher ou refutar àquilo que no contexto de uma cultura é considerado essencial. Desse modo, compreendemos que as interações entre Memória e Paisagem suscitam reflexões sobre a dimensão cultural e essa condição age diretamente na ampliação da capacidade reflexiva que busca suprir demandas essenciais ao construto do ser.
Métricas
Citas
ALVES, F. N. Porto e Barra do Rio Grande: uma secular aspiração que se tornou realidade (uma introdução ao tema), Porto Alegre: CORAG, 2007.
BOGDAN, R; BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação. Trad. de Maria João Alvarez, Sara Bahia dos Santos e Telmo Mourinho Baptista. Portugal: Porto Editora, 1994.
BOURDIEU, P. O poder simbólico. Trad. de Fernando Tomaz. 6ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.
______. O poder simbólico. 4ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
BURKE, P. O que é história cultural? Trad. Sérgio de Goes de Paula. 2ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
COSTA, O. Memória e Paisagem: em busca do simbólico dos lugares. In: Espaço e Cultura. Rio de Janeiro, edição comemorativa, p. 149-156, 1993-2008 ISSN. 1413-3342. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/article/view/7731. Acesso em: 26 dez. 2019.
ELIADE, M. Imagens e Símbolos: ensaio sobre o simbolismo mágico-religioso. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
FENELON, D. O historiador e a cultura popular: história de classe ou história do povo? História & Perspectivas, Uberlândia, v. 1, n. 40, p. 27-51, jan/jun. 2009. ISSN. 2176-4352 Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/historiaperspectivas/article/view/19207. Acesso em: 26 dez. 2019.
GONDIM, S. M. G; FISCHER, T. O discurso, a análise de discurso e a metodologia do discurso do sujeito coletivo na gestão intercultural. Cadernos Gestão Social, Salvador, v. 2, n. 1, set/dez, 2009. p. 09-26. ISSN 1982‐5447. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/cgs/article/view/31544. Acesso em: 26 dez. 2019.
GURAN, M. Considerações sobre a constituição e a utilização de um corpus fotográfico na pesquisa antropológica. Discursos Fotográficos, v. 7, n. 10, jan/jun, 2011. p. 77-106. ISSN 1984-7939. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/discursosfotograficos/article/view/9215. Acesso em: 26 dez. 2019.
HALBWACHS, M. A Memória Coletiva. São Paulo: Centauro, 2006.
HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Trad. de Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro.11ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
LARAIA, R. Cultura: um conceito antropológico. 24 ed. Rio de Janeiro, RJ, Jorge Zahar:2009.
LE GOFF, J. (Org.) História: novos objetos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1976.
LEFÈVRE, F; LEFÈVRE, A. M. C. O discurso do sujeito coletivo: um novo enfoque em pesquisa qualitativa (desdobramentos). Caxias do Sul: Educs, 2005.
MATOS, J. Tendências e debates: da escola dos annales à história nova. Historiae, Rio Grande, v. 1, n. 1, p. 113-130, 2010. ISSN 1519-8502. Disponível em: https://periodicos.furg.br/hist/article/view/2283/1183. Acesso em: 26 dez. 2019.
MINAYO, M. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 9ed. São Paulo: Hucitec, 2006.
______. (org.). Pesquisa Social: Teoria, método e criatividade. 18ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
MORAES, R; GALIAZZI, M. Análise Textual Discursiva. Ijuí: Ed. da UNIJUÍ, 2007.
MOSCOVICI, S. A representação social da psicanálise.Traduzido por Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
PATRÍCIO, N. C; MATOS, F. J. A curiosidade como produção do conhecimento discente no processo de aprendizagem. In: 2º Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação em Humanidades. 8ª Semana de Humanidades. Humanidades: entre fixos e fluxos. 2011, Ceará. Anais do 2° EPGH. Ceará: Universidade Federal do Ceará/UFC, 2011.
SANTOS, M. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. 4ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006.
______. Metamorfose do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1988.
TEDESCO, J. C. Nas Cercanias da Memória: temporalidade, experiência e narração. Passo Fundo, RS: UPF; Caxias do Sul, RS: EDUCS, 2004.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos trabalhos publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.