Do bambu ao macaco: Análise da violência contra as práticas culturais Guarani na contemporaneidade
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i5.1597Palabras clave:
Guarani, Território, Tradição, Violência.Resumen
O presente artigo tem por objetivo, tratar sobre dois casos de violências contra os povos indígenas no tempo presente. O primeiro caso foi registrado em Santa Helena, oeste do Paraná e levado a cabo pela Polícia Ambiental. Os Guarani foram presos por dois dias na sede da Polícia Federal no município de Foz do Iguaçu e estão em cárcere domiciliar há mais de um ano, e foram indiciados pela Polícia Federal, pelo MPF e pelo juiz da 5ª Vara Federal de Foz do Iguaçu, pelo corte de um bambu para a utilização em um ritual religioso tradicional. O segundo caso foi registrado em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, efetivado pela Guarda Municipal daquele município que apreendeu uma indígena com os seus dois filhos que vendiam artesanato no “Brique da Redenção” por ela estar com um macaquinho da espécie bugio, como bicho de estimação de seus filhos. Em ambos os casos os Guarani sofreram violência por agentes públicos, por praticarem atos de natureza tradicional. Buscaremos compreender a tipificação desses atos como criminosos pela justiça brasileira e de natureza tradicionais relacionado a práticas milenares pela população Guarani. Quando o direito de uns se sobrepõe ao dos outros e como práticas criminosas contra o meio ambiente são toleradas em nome do progresso e do desenvolvimento.
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