Fronteira Etnocultural entre Kadiwéu e Terena: A Representação Social da Educação Ambiental dos Povos Indígenas da Região do Pantanal Sul
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i5.1593Palabras clave:
Educação Ambiental, Fronteira Etnocultural, Pantanal Sul, Povos Indígenas, Representação Social.Resumen
No Brasil, literaturas e mídias denunciam ameaças à biodiversidade, decorrentes, sobretudo, pelo desenvolvimento populacional (desordenado) e pelas atividades produtivas sem estudos prévios. Tais situações geram danos ambientais nos biomas, como a deterioração do solo, o assoreamento, a contaminação dos corpos d’água, o desmatamento e outros, somados aos efeitos provocados pela exclusão social e índice de pobreza das populações indígenas, os quais interferem na produção de conhecimentos de tais grupos sociais. Considerando essa realidade, desenvolveu-se este trabalho em duas escolas distintas, com etnias Kadiwéu e Terena como predominantes, foi definido o seguinte problema de pesquisa: como a Educação Ambiental, a partir das territorialidades indígenas, configura-se por meio das representações sociais para as etnias Kadiwéu e Terena na região do Pantanal Sul? Estabeleceu-se, portanto, como objetivo geral, compreender a interface entre os grupos étnicos Kadiwéu e Terena, relacionados à(s) territorialidade(s) de representação(ões) social(is) sobre Educação Ambiental na Região do Pantanal Sul. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, de cunho exploratório, longitudinal, caracterizando-se como um estudo de caso etnográfico. No entanto, a partir das territorialidades evidenciadas nas representações sociais, se percebe a existência da fronteira etnocultural. Acredita-se, então, que os saberes tradicionais possam promover o uso sustentável e a manutenção de boas práticas de Educação Ambiental. Ademais, esses saberes tradicionais devem, também, ser considerados nos momentos empíricos relativos à Educação Ambiental na comunidade. Afinal, ao se buscar os conhecimentos com ferramentas geo-pedagógicas, torna-se possível contribuir para o processo educativo, utilizando práticas e reflexões em Educação Ambiental.
Métricas
Citas
BOURDIEU, P. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010. 322p.
CAMARGO, B. M. G. de; SOUZA, E. P. de. O ensino de educação ambiental em linguagens a partir dos saberes tradicionais dos povos indígenas da região do Pantanal Sul: Fronteiras Etnoculturais. In: VI Reunião de Antropologia de Mato Grosso do Sul. Povos tradicionais na contemporaneidade: cosmologias e territórios. Anais. UFMS, Campo Grande, 2017.
CHIZZOTTI, A. Pesquisa qualitativa em ciências humanas e sociais. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
_____________. Augusto Comte: reorganizar a sociedade. São Paulo: Editora Escala (Coleção Grandes Obras do Pensamento Universal – 18).
DIEGUES, A. C. S. O mito moderno da natureza intocada. 6ª ed. São Paulo: HUCITEC, 2008.
DUPAS, G. Meio ambiente e crescimento econômico: tensões estruturais. São Paulo: Editora UNESP, 2008.
GARZONI, E. de C.; PELLIN, A. A educação ambiental como ferramenta de mobilização social no processo de implementação do Corredor de Biodiversidade Miranda – Serra da Bodoquena (Mato Grosso do Sul, Brasil). INGEPRO. Inovação, Gestão e Produção. Junho de 2010, vol. 02, no.06 ISSN 1984-6193.
GUERRA, V. M. L; ENEDINO, W. C.; NOLASCO, E. C. Estudos de Linguagens: Diversidade e ensino. São Carlos: Pedro & João Editores, 2012.
HARVEY, D. A produção capitalista do espaço. São Paulo: Annablume, 2005.
HOLZER, W. Uma discussão fenomenológica sobre os conceitos de paisagem e lugar, território e meio ambiente. Território, 1997, 2(3), 77-85.
JODELET, D. Les reprèsentations sociales. Paris: Presses Universitaires de France, 1989.
LACEY, H. Valores e atividade científica. São Paulo: Discurso Editorial, 1998.
LEFF, E. Epistemologia ambiental. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 2006.
MACHADO, L. O. Limites, Fronteiras e Redes. In: STROHAECKER, T. M.; DAMIANI, A.; SCHAFFER, N. O.; BAUTH, N.; DUTRA, V. S. (org.). Fronteiras e Espaço Global. Porto Alegre: AGB, 1998. p.41-49.
MARTINS, J. de S. Fronteira: a degradação do Outro nos confins do humano. São Paulo: Contexto, 2009.
MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 2ª ed. São Paulo: Cortez; Brasília/DF: UNESCO, 2000.
MOSCOVICI, S. A representação social da psicanálise. Tradução de Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
NOGUEIRA, R. J. B. Fronteira: espaço de referência identitária? Ateliê Geográfico, Goiânia, v.1, n. 2, p. 27-41, dez. 2007.
POUTIGNAT, P.; STREIFF-FERNART, J. Teorias da etnicidade. Seguido de grupos étnicos e suas fronteiras de Fredrik Barth. São Paulo: UNESP, 1998.
RAFFESTIN, C. Por uma Geografia do poder. São Paulo: Editora Ática, 1993.
SACK, R. D. Human territoriality: its theory and history. Cambridge: Cambridge University Press, 1986.
SALVI, R. F.; BATISTA, I. L. A análise dos valores na filosofia da ciência e na educação científica. In: VI ENPEC – Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Florianópolis: Floriprint, 2007. v. 1. p. 1-12.
SÊGA, R. A. O Conceito de Representação Social nas Obras de Denise Jodelet e Serge Moscovici. Anos 90. Porto Alegre, n. 13, julho. 2000.
SILVA, L. E.; MENEZES, E. M. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 4 ed. Florianópolis: UFSC, 2005.
SOUZA, E. P. de. Territorialidades e conflitos entre o Distrito de Taunay e as aldeias circunvizinhas: Fronteiras Etnoculturais. Dissertação (Mestrado em Estudos Fronteiriços) Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Campus do Pantanal: Corumbá – MS, 2012, p. 91.
SOUZA, E. P; MARTINS, S. R. O. A Fronteira Etnocultural entre territorialidades indígenas e não indígenas no Distrito de Taunay. Anais XVI Encontro Nacional de Geógrafos. Porto Alegre: 2010.
SOUZA, E. P.; RAMOS, M. B; MARTINS, S. R. O. Estudo preliminar de impactos ambientais no Parque Natural Municipal da Lagoa Comprida. In: XVI Encontro Sul-Mato-Grossense de Geógrafos / VI Encontro Regional de Geografia, 2008, Dourados. Anais. Dourados: AGB - Seção Local Dourados, 2008. v. 1. p. 001-008.
TURNER, F. J. History, Frontier and Section: three essays. New Mexico: University of New Mexico, 1993.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos trabalhos publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.