Gastronomia e Turismo Reflexões Sobre a Preservação da Culinária Tradicional na Cidade de Caldas Novas (Go)
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i5.1500Palabras clave:
Caldas Novas (GO), Culinária, Patrimônio Cultural Intangível, SustentabilidadeResumen
A cidade de Caldas Novas, polo turístico encravado no interior do estado de Goiás e com importância econômica crescente, não só regional como nacional, é o ponto de partida para o objetivo de refletir sobre a importância da história e da cultura regionais para uma renovada percepção do turismo em todas as suas vertentes. Apesar de faltarem dados científicos sobre tal afirmação, sabe-se que os locais onde há recuperação e preservação histórica são os mais visitados em escala internacional, não só em termos de patrimônios visíveis ou materiais (arquitetura, arte, vestuário etc.), mas também outras características inerentes à cultura, como as festas, a dança e a gastronomia, que constituem, em sua composição, o patrimônio intangível de uma sociedade ou destino turístico. Neste sentido, incita-se a preservação do patrimônio cultural em um local de atração turística como um fator de contribuição para o desenvolvimento local em uma perspectiva sustentável. Para que isto ocorra, é necessário que a população local se envolva com este patrimônio histórico, consolidando o valor e o sentido histórico e até mesmo emocional deste para esta população. Há no turismo, e no desenvolvimento do mesmo, uma necessidade cada vez mais premente de se estudar e caracterizar não só os impactos econômicos envolvidos, mas também os impactos ambientais, sociais, psicológicos, geográficos, antropológicos e históricos, apesar do enfoque financeiro ainda ser em grande parte o norteador dos demais estudos. Nesta perspectiva, desenvolveu-se este artigo buscando refletir sobre a possibilidade de reencontrar a identidade histórico-cultural a partir das receitas que caracterizam este polo turístico nacional que é Caldas Novas, tendo como objetivos não apenas compreender a importância da preservação do patrimônio cultural imaterial para o desenvolvimento do turismo, mas também deste como mediador da recuperação e preservação do patrimônio cultural de uma localidade.
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