Uma análise sobre transmasculinidades presentes numa série da mídia televisiva
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v4i0.847Palabras clave:
Ciências HumanasResumen
Neste trabalho temos como objetivo analisar alguns significados sobre transmasculinidades presentes em dois episódios da série Liberdade de Gênero, exibida no canal de televisão brasileiro por assinatura GNT. Entendemos esta série como um potente artefato cultural para reflexão acerca das identidades trans, nela são apresentadas algumas histórias de pessoas que não se identificam com o gênero designado para elas ao nascerem, negando qualquer determinismo biológico. O preconceito, a exclusão social, a pressão religiosa e familiar que esses sujeitos vivenciam, no caso dos entrevistados, não venceram o desejo de ser quem sentiam ser. Nossos estudos têm como base os Estudos Culturais, na sua vertente pós-estruturalista, destacando o efeito das mídias na produção dos corpos e das sexualidades e também como produtora de saberes e conhecimentos, entendendo que os discursos veiculados pela mídia acionam efeitos de verdade e que essa proliferação de discursos vem atuando na produção dos sujeitos. A metodologia da pesquisa consiste na análise cultural, entendendo que esse tipo de análise é potente para pensar o quanto as pedagogias exercidas por estes artefatos são produtivas na constituição dos sujeitos e como vêm produzindo e reproduzindo significados acerca da transgeneridade, em específico sobre os homens trans.
Referencias
ÁVILA, S. Transmasculinidades: a emergência de novas identidades políticas e sociais. 1. Ed. Rio de Janeiro: Editora Multifoco, 2014.
BENTO, Berenice. O que pode uma teoria? Estudos Transviados e a Despatologização das Identidades Trans. Florestan, n. 2, p. 46, 2014.
BUTLER, Judith. Críticamente subversiva. In: JIMÉNEZ, Rafael M. Mérida. Sexualidades transgresoras. Una antología de estudios queer. Barcelona: Icária editorial, 2002, p. 55 a 81.
CASTRO, Roney Polato de. FERRARI Anderson. Educação, experiências religiosa, gêneros e sexualidades: algumas problematizações. In: RIBEIRO, Paula Costa. MAGALHÃES, Joanalira Corpes (Org). Debates contemporâneos sobre Educação para sexualidade. Rio Grande: Editora da FURG. 2017
FISHER, Rosa. Maria. Bueno. Foucault. In.: OLIVEIRA, Luciano Amaral (Org.). Estudos do discurso: perspectivas teóricas. São Paulo: Parábola Editorial, 2013. p. 123-151.
FOUCAULT, Michel. Poder-saber. In: ______. Ditos & Escritos IV. Estratégia, poder-saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003. p. 223-240.
LANZ, Leticia. Uma Introdução Longa Porém Necessária. 2008. Disponível em <http://www.leticialanz.org/uma-introducao-longa-porem-necessaria>. Acesso em: 18 set 2017.
LOURO, Guacira. Gênero, sexualidade e educação. Petrópolis: Vozes, 1997.
______. Corpos que escapam. Labrys estudos feministas. Florianópolis, n. 4, 2003.
Portal da série Liberdade de Gênero. Disponível em: <https://globosatplay.globo.com/gnt/liberdade-de-genero/>. Acesso em: 10 out 2017
ROCHA, S. M. Os estudos culturais e a análise cultural da televisão: Considerações teórico-metodológicas. Rev. Interamericana de Comunicação Midiática, Santa Maria, v.10, n.19, sem. 2011.
SALIH, Sara. Judith Butler e a Teoria Queer. Belo Horizonte: Autêntica. 2012.
SOARES, Rosêngela; MEYER, Dagmar. O que se pode aprender com a “MTV de papel” sobre juventude e sexualidade contemporâneas?. Revista Brasileira de Educação, Porto Alegre, n. 23, p. 136-148, maio/jun/jul/ago. 2003.
WORTMANN, Maria Lúcia. Análises Culturais. In: COSTA, Marisa Vorraber (Org.). Caminhos Investigativos II: outros modos de pensar e fazer pesquisa em educação. 2 ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2007. p. 71-90
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
Los autores conservan los derechos de autor de sus obras y conceden a RELACult el derecho de primera publicación. Todos los artículos están simultáneamente licenciados bajo Creative Commons Atribución 4.0 Internacional (CC BY 4.0), lo que permite el intercambio, distribución, copia, adaptación y uso comercial, siempre que se otorgue el crédito correspondiente a la autoría original y se indique la primera publicación en esta revista.
RELACult pone todo su contenido a disposición en acceso abierto, ampliando la visibilidad y el impacto de los trabajos publicados. La información de contacto proporcionada en el sistema de envío se utiliza exclusivamente para la comunicación editorial y no será compartida para otros fines.