La mujer negra en la perspectiva de la representación de la mulata del Ziriguidum

Autores/as

  • Carla Figueira de Souza Faculdade de Tecnologia de Teresina
  • Almunita dos Santos Ferreira Pereira Fundação CASA

DOI:

https://doi.org/10.23899/4mtdet63

Palabras clave:

Mulata; Ziriguidum; Sargentelli; Hipersexualización

Resumen

Resumen

Este estudio busca plantear reflexiones sobre la mujer negra desde la perspectiva de la representación de la Mulata do Ziriguidum en el contexto de la sociedad brasileña, a partir del programa «As Mulatas do Sargentelli» (Las Mulatas de Sargentelli), exhibido en la TV abierta durante las décadas de 1970 y 1980, con atracciones que iban desde entrevistas a invitados hasta actuaciones de músicos brasileños y extranjeros, siendo el ritmo principal la samba y el rebote de las bellas mulatas. Aquí nos cuestionamos cómo la cosificación, hipersexualización y exotización del cuerpo negro fue retratado en la figura de mujeres consideradas mulatas, que fueron intencionalmente expuestas en la televisión nacional. Con un enfoque cualitativo, la metodología utilizada fue una revisión bibliográfica de libros y artículos teóricos que discuten temas de género, raza, clase, cultura y sus interseccionalidades, así como recursos audiovisuales, en los que se analizaron videos de YouTube, 4 entrevistas en programas de televisión e imágenes de revistas de la época. Estos materiales fueron escogidos por la importancia del tema para la profundización de los estudios raciales y de género y también para retratar las nociones que permean el tema de las mujeres negras y una historia de dominación, explotación y borramiento de sus cuerpos. La conclusión es que existe una invisibilidad creada y orquestada por el modus operandi de la blancura, sumada a la cosificación y explotación de los cuerpos de las mujeres negras.

Biografía del autor/a

  • Carla Figueira de Souza, Faculdade de Tecnologia de Teresina

    2 Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO). Especialista em Alfabetização dos Alunos e Alunas das Classes Populares pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Pedagoga pela Universidade Veiga de Almeida (UVA). Professora convidada da Faculdade de Tecnologia de Teresina (CET). Membro do Grupo de Pesquisa Relações Raciais: Memória, Identidade e Imaginário – Observatório do Racismo (CNPq) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Organizadora e autora de livros nas áreas da Educação, Enfermagem, Direito e Socioeducação. E-mail: profa.carlafigueira66@gmail.com   -ORCID (ID): https://orcid.org/0000-0002-7069-3004

  • Almunita dos Santos Ferreira Pereira, Fundação CASA

    1Doutora em Ciências Sociais com ênfase em Antropologia e Mestre em Educação e Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Especialista em Educação e Sociedade pela Universidade de Guarulhos (UnG). Licenciada em Pedagogia pela Faculdade de Ciências Humanas de Olinda/PE (FACHO) e em História pela Faculdade Campos Elíseos (FCE). Coordenadora Pedagógica da Fundação CASA, São Paulo. Membro Efetiva do Grupo de Pesquisa Relações Raciais: Memória, Identidade e Imaginário − Observatório do Racismo (CNPq) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Organizadora e autora de livros nas áreas da Socioeducação e da Educação. E-mail: almunita134@gmail.com    -    ORCID (ID) https://orcid.org/0000-0002-6455-506X  

Referencias

ABREU, Carla. Imagens que não afetam: questões de gênero no ensino da arte desde a perspectiva crítica feminista e da cultura visual. Anais do 24º Encontro Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas. Universidade Federal de Santa Maria: ANPAP/PPGART/CAL/UFSM. Simpósio 12 – Redes e conexões de afetos, pedagogias e visualidades, 2015, p. 3927-3928. Disponível em:

https://anpap.org.br/anais/2015/simposios/s12/carla_de_abreu.pdf . Acesso em: 18 mai. 2025.

AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. Feminismos Plurais. São Paulo: Pólen, 2019. 152p. Disponível em:

https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/1154/o/Interseccionalidade_%28Feminismos_Plurais%29_-_Carla_Akotirene.pdf?1599239359 . Acesso em: 02 fev. 2025.

ARAGÃO, Jorge. Globeleza. 1991. Disponível em:

https://www.vagalume.com.br/jorge-aragao/ . Acesso em: 21 jan. 2025.

BECKLES, Hilary MCD. Os domínios do prazer: a mulher escrava como mercadoria sexual. Outros Tempos: Pesquisa em Foco - História, [S. l.], v. 8, n. 12, 2011. DOI: 10.18817/ot.v8i12.62. Disponível em:

https://www.outrostempos.uema.br/index.php/outros_tempos_uema/article/view/62. Acesso em: 12 fev. 2025.

CARMO, Norton do. Osvaldo Sargentelli Jô Soares Onze e Meia SBT 1996. Entrevista. São Paulo, 1996. Disponível em:

https://youtu.be/kem13BVEmOY?si=vAqCjkjjPEikerqg. Acesso em: 15 fev. 2025.

CORRÊA, Mariza. Sobre a invenção da mulata. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 6/7, p. 35–50, 2010. Disponível em:

https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1860 . Acesso em: 19 fev. 2025.

CRENSHAW, Kimberlé. Documento para Encontro de Especialistas em Aspectos da Discriminação Racial Relativos ao Gênero. Estudos Feministas, ano 10, p. 171-188, 1º Semestre, 2002. Disponível em:

https://www.scielo.br/j/ref/a/mbTpP4SFXPnJZ397j8fSBQQ/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 23 fev. 2025.

DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Editora Boitempo, 2016.

GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. ANPOCS. 1994a. Disponível em: http://www.ser.puc-rio.br/2_Gonzalez_Lelia.pdf . Acesso em: 20 jan. 2025.

GONZALEZ, Lélia. O carnaval e o mito da democracia racial segundo Lélia Gonzalez. Casa de Vidro, Blog, 2020b. Disponível em:

https://acasadevidro.com//o-carnaval-e-o-mito-da-democracia-racial-segundo-leliagonzalez/. Acesso em: 20 jan. 2025.

GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro latino americano. Zahar, 2020. Disponível em:

https://mulherespaz.org.br/site/wp-content/uploads/2021/06/feminismo-afro-latino americano.pdf . Acesso em: 23 fev. 2025.

HOOKS, bell. Intelectuais negras. Estudos feministas, Ano 3, p. 464-478, 2° Semestre, 1995. Disponível em:

https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2014/10/16465-50747-1-PB.pdf . Acesso em: 23 fev. 2025.

JORGE, Seu; YUKA, Marcelo; CAPPELLETTI, Ulisses. A carne. 1998. Disponível em: https://www.letras.mus.br//elza-soares/281242/ . Acesso em: 23 fev. 2025.

KILOMBA, Grada. Memórias da plantação, episódios de um racismo cotidiano. São Paulo: Editora Cobogó, 2019.

LIMA, Iana. O que é objetificação da mulher? Politize, 11 fev. 2016. Disponível em: https://www.politize.com.br/o-que-e-objetificacao-da-mulher/ . Acesso em: 23 fev. 2025.

LIMA, Isabelly de. As memórias da talentosa passista que fascinou o príncipe Charles em 1978: ‘Desengonçado’. Sob a supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 11/02/2023, às 08h45. Disponível em:

https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/memorias-da-talentosa-passista-que-fascinou-o-principe-charles-em-1978-desengoncado.phtml. Acesso em: 23 fev. 2025.

LIMA, Natasha Correa; LESSA, Mônica. Com “telecoteco e ziriguidum”, Oswaldo Sargentelli inventou o “show de mulatas”. Jornal O Globo, Rio de Janeiro, Caderno de Cultura. 06/04/17 - 12h 41min, com edição de Matilde Silveira. Disponível em:

https://acervo.oglobo.globo.com//em-destaque/com-telecoteco-ziriguidum-oswaldo-sargentelli-inventou-show-de-mulatas-21170942 . Acesso em: 23 fev. 2025.

MORRISON, Toni. Corpo negro escravizado e corpo negro. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.

MUNANGA, Kabengele. Entrevista – Antropólogo Kabengele Munanga reconhece avanços, mas alerta: “racismo é um monstro complexo". Disponível em:

https://www.geledes.org.br/antropologo-kabengele-munanga-reconhece-avancos-mas-alerta-racismo-e-um-monstro-complexo/ . Acesso em: 25 fev. 2025.

NARVAZ, Martha Giudice; KOLLER, Sílvia Helena. Famílias e patriarcado: da prescrição normativa à subversão criativa. Psicol. Soc. 18 (1), 49-55; jan/abr., 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/psoc/a/VwnvSnb886frZVkPBDpL4Xn/?format=pdf&lang=pt . Acesso em: 20 fev. 2025.

PEREIRA, Almunita dos Santos Ferreira. Escutas e memórias: narrativas de jovens negras egressas da Fundação CASA no Estado de São Paulo. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) - Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). São Paulo: SP, 2024. 180p. Disponível em:

,https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/41212. Acesso em: 25 fev. 2025.

SAFFIOTI, Heleieth Iara Bongiovani. A mulher na sociedade de classes: mitos e realidade. Rio de Janeiro: Rocco, 1979.

SANTOS, Ruth Conceição Farias. Representações sociais de aprisionados (as) e técnicos (as) sobre os programas de ressocialização (atividades de educação e trabalho) no sistema prisional no estado de Sergipe. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Sergipe (UFS). São Cristóvão: SE, 2012. 183 p. Disponível em:

https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/4661/1/RUTH_CONCEICAO_FARIAS_SANTOS.pdf. Acesso em: 25 fev. 2025.

SARGENTELLI, Oswaldo. Ziriguidum. São Paulo: Letras & Letras, 1993.

SARGENTELLI e sua sobrinha com Clodovil. Entrevista. Disponível em: https://youtu.be/8FBXWMgZPwc?si=BbDNC3k9ZSWEC2rM. Acesso em: 25 fev. 2025.

SARGENTELLI no Roda Viva - TV Cultura. Entrevista. Disponível em: https://youtu.be/V3qSiFyax8w?si=NwsmxA4gwiw0WOZ2. Acesso em: 25 fev. 2025.

SARGENTELLI no Jornal da Globo. 13/4/2002. Disponível em: https://youtu.be/Clg5p4zIeow?si=se64Qg0KC3DokcUi. Acesso em: 25 fev. 2025.

XAVIER, Elódia. Declínio do patriarcado: a família no imaginário feminino. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1998.

XAVIER, Giovana; FARIAS, Juliana Barreto; GOMES, Flávio (Orgs.). Mulheres negras no Brasil escravista e do pós-emancipação. São Paulo: Selo Negro, 2012.

WIEVIORKA, Michel. O racismo, uma introdução. São Paulo: Perspectiva, 2007.

Descargas

Publicado

2025-07-06

Número

Vol. 11 Núm. 1 (2025): Fluxo contínuo

Sección

Dossiê - III Decolonialidade, feminino e negritude

Licencia

Derechos de autor 2025 Carla Figueira de Souza, Dra. Almunita Dos Santos Ferreira Pereira

Creative Commons License

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.


b) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos trabalhos publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.

 

Cómo citar

La mujer negra en la perspectiva de la representación de la mulata del Ziriguidum. (2025). RELACult - Revista Latino-Americana De Estudos Em Cultura E Sociedade, 11(1). https://doi.org/10.23899/4mtdet63