Análise histórico-enunciativa da palavra xibungo
gênero e sexualidade em Jubiabá
DOI:
https://doi.org/10.23899/7gh17j76Palabras clave:
Estudos de gênero; História das Ideias Linguísticas; Jorge Amado; Literatura; Masculinidades.Resumen
El romance Jubiabá, de Jorge Amado, es una obra en la que se pueden observar una serie de prácticas sociales que interesan a los investigadores. La obra muestra la manera en que el personaje principal, Balduino, se comporta para ajustarse a los patrones heterosexuales exigidos por la sociedad en la que vive, así como la forma en que se relaciona con otros personajes. En este sentido, el presente trabajo tiene como objetivo realizar un análisis histórico-enunciativo de la palabra xibungo en Jubiabá, utilizando como dispositivos analíticos los conceptos de reescritura por sinonimia (GUIMARÃES, 2018) y palabra-jala-palabra (SILVA, 1996). Al consultar los significados de xibungo en el Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (1975), se comprende que los significados de esta palabra abordan cuestiones de sexualidad y género, sentidos que han sido construidos históricamente en una sociedad que, durante siglos, condenó la homosexualidad. De este modo, la palabra xibungo establece relaciones semánticas con otras palabras y, así, es posible analizar cómo las palabras constituyen una relación directa con la Historia y la forma de jerarquizar a los sujetos en la sociedad. Los significados de xibungo también presentan la manera cómo se construye socialmente el concepto de masculinidad y cómo las masculinidades pueden ser plurales y heterogéneas.
Referencias
ALMEIDA, A. W. B. Jorge Amado: política e literatura. Rio de Janeiro: Campus, 1979.
AMADO, J. Jubiabá. Círculo do Livro S.A.: São Paulo, 1986.
AUROUX, S. A revolução tecnológica da gramatização. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2014.
BEAUVOIR, S. O segundo sexo: a experiência vivida. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.
BEAUVOIR, S. O segundo sexo: fatos e mitos. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016
BENVENISTE, É. Problemas de Linguística Geral I. 5. ed. Campinas, SP: Pontes Editores, 2005.
BENVENISTE, É. Problemas de Linguística Geral I. 2. ed. Campinas, SP: Pontes Editores, 2006.
BUTLER, J. P. Problemas de gênero: feminismos e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
CONNELL, R. Gênero: uma perspectiva global. São Paulo: Editora NVERSOS, 2016.
DEL PRIORE, M. Histórias íntimas: sexualidade e erotismo na história do Brasil. 2. ed. São Paulo: Planeta, 2014.
FANON, F. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008.
FERREIRA, A. B. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975.
GOFFMAN, E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1988.
GUIMARÃES, G. Semântica: enunciação e sentido. Campinas, SP: Pontes Editores, 2018.
JUNIOR, P. M. S.; CAETANO, M. Roda de homens negros: masculinidades, mulheres e religião. In: CAETANO, M. ; JUNIOR, P. M. S. (Orgs). De guri a cabra-macho: masculinidades no Brasil. Rio de Janeiro: Lamparina, 2018, p. 190-211.
LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
KIMMEL, M. Homofobia, temor, vergüenza y silencio en la identidad masculina. In: VALDES, T.; OLAVARRÍA, J. (Orgs). Masculinidad(es): poder y crisis. Santiago: Isis, Flacso, 1997, p. 49-62.
MESSEDER, S. A.; FRANÇA, E. S. C.; LIMA, M. N. M. “Daí não se ensina direito!”: narrativas com/sobre rapazes negros para uma educação libertadora. In: CAETANO, M.; JUNIOR, P. M. S. (Orgs). De guri a cabra-macho: masculinidades no Brasil. Rio de Janeiro: Lamparina, 2018, p. 174-189.
MEYER, D. E. Gênero e Educação: teoria e política. In: LOURO, G.; FELIPE, J.; GOELNNER, S. V. (Orgs.). Corpo, gênero e sexualidade: um debate contemporâneo na Educação. Petrópolis, RJ: Vozes; 2003, p. 9-27.
MOUTINHO, L. Entre o Realismo e o Ficcional: Representações sobre Raça, Sexualidade e Classe em Dois Romances Paradigmáticos de Jorge Amado. Physis. Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 14, n. 2, p. 307-327, 2004. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/physis/v14n2/v14n2a07.pdf. Acesso em: 20 jan. 2025.
NASCIMENTO, M. Essa história de ser homem: reflexões afetivo-políticas sobre masculinidades. In: CAETANO, M.; JUNIOR, P. M. S. (Orgs). De guri a cabra-macho: masculinidades no Brasil. Rio de Janeiro: Lamparina, 2018, p. 16-27.
NOLASCO, S. O mito da masculinidade. Rio de Janeiro: Rocco, 1993.
NUNES, J. H. Dicionários no Brasil: análise e história do século XVI ao XIX. 1. ed. Campinas: Pontes Editores, 2006.
PEREIRA, E. G. B.; BRITO, L. T. Meninos de verdade: discursos de masculinidades na educação física infantil. In: CAETANO, M.; JUNIOR, P. M. S. (Orgs). De guri a cabra-macho: masculinidades no Brasil. Rio de Janeiro: Lamparina, 2018, p. 212-230.
PINHO, O. O sacrifício de Orfeu: masculinidades negras no contexto da antinegritude em Salvador. In: CAETANO, M.; JUNIOR, P. M. S. (Orgs). De guri a cabra-macho: masculinidades no Brasil. Rio de Janeiro: Lamparina, 2018, p. 146-173.
SCHWARCZ, L. M. Nem preto nem branco, muito pelo contrário: cor e raça na sociabilidade brasileira. 1. ed. São Paulo: Claro Enigma, 2012.
SCHWARCZ, L. M. Sobre o autoritarismo brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
SILVA, M. V. Dicionário e o processo de identificação do sujeito-analfabeto. In: GUIMARÃES, E.; ORLANDI, E. P. (Orgs.) Língua e Cidadania: O Português no Brasil. Campinas, SP: Pontes, 1996, p. 151-162.
SIVERIS, Daiane; RODRIGUES, Nina Rosa Licht; PETRI, Verli. Definição, descrição e nomeação em dicionários do século XIX. In: SEMINÁRIO DE ESTUDOS EM ANÁLISE DO DISCURSO 1969-2009: MEMÓRIA E HISTÓRIA NA/DA ANÁLISE DO DISCURSO, 4., 2009, Porto Alegre. Anais [...]. Porto Alegre, 2009. Disponível em: http://www.ufrgs.br/analisedodiscurso/anaisdosead/4SEAD/POSTERES/NinaRosaLichtRodrigues.pdf. Acesso em: 18 jan. 2025.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Felipe Echevarria

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos trabalhos publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.