Gênero e Desigualdades na Educação Profissional e Tecnológica: Um olha sobre as Relações de Trabalho
DOI:
https://doi.org/10.23899/w6980g76Palabras clave:
Relações de Gênero, Trabalho, Educação Profissional e Tecnológica, Gênero e desigualdades, MulheresResumen
O presente texto decorre de pesquisa desenvolvida no Mestrado, cujo escopo incide em analisar relações de trabalho e gênero no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense câmpus Camaquã/RS. Adotou-se como procedimentos metodológicos a análise documental e entrevistas semiestruturadas com dez servidoras entre os anos de 2021 e 2022. Tal empreendimento ancora-se nas interlocuções dos estudos sobre gênero, em articulação com os estudos no campo da Educação Profissional e Tecnológica, permitindo problematizar o espaço da Educação Profissional no Brasil que, desde a sua gênese, constitui-se como “lugar masculino”, conforme sustenta-se a partir da análise da tríade: Trabalho, por Federici (2021), Cisne (2018), Matos (2019) e Antunes (2009); Gênero, por Louro (2008); e Educação Profissional e Tecnológica por Manfredi (2017), Mendes (2020), Brilhante e Cavalcante (2020) e Otte (2008). A pesquisa permite inferir que as relações desiguais de poder estão presentes nos espaços da Educação Profissional e Tecnológica e materializam-se em forma de desigualdades e opressões de gênero vivenciadas pelas servidoras nas relações de trabalho.
Referencias
ANTUNES, R. L. C. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo, 2009.
BIROLI, F. Gênero e Desigualdades: limites da democracia no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2017.
BRILHANTE, S. E. T.; CAVALCANTE, I. F. Reflexões sobre os dados educacionais do Brasil: formação superior entre os gêneros. In: Avelino de Lima Neto…[et .al.]. (Org.). Sexo, sexualidade e gênero na Educação Profissional no Brasil e na França: estudos exploratórios. Natal: IFRN, 2020a, p. 91-102.
BRILHANTE, S. E. T.; CAVALCANTE, I. F. Mulheres no ensino de química: questões de gênero no discurso de professoras do IFRN. História Revista, v. 25, n. 2, pp. 331-349, 2020b.
CISNE, M. Feminismo e Consciência de Classe no Brasil. São Paulo: Cortez, 2015
CISNE, M. Feminismo e Consciência de Classe no Brasil. São Paulo: Cortez, 2018
FEDERICI, S. O Patriarcado do Salário. São Paulo: Boitempo, 2021.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTATÍSTICA. Censos 2019. Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2021.
LOURO, G. L. Gênero e Sexualidade: pedagogias contemporâneas. Pró-Posições, v. 19, n. 2, pp. 17-23, 2008.
LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação - Uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis: Vozes, 1997.
MANFREDI, S. M. Educação Profissional no Brasil: Atores e cenários ao longo da história. Jundiaí: Paco Editorial, 2017.
MATTOS, M. B. A Classe Trabalhadora: de Marx ao nosso tempo. São Paulo: Boitempo, 2019.
MENDES, M. L. A participação das mulheres na gestão do Instituto Federal Goiano campus Urataí: uma perspectiva histórica (1953-2019). [Dissertação de Mestrado]. Morrinhos: IFG, 2020.
OTTE, J. Trajetória de mulheres na gestão de instituições públicas profissionalizantes: um olhar sobre os Centros Federais de Educação Tecnológica. [Dissertação de Mestrado]. Brasília: UnB, 2008.
RUFINO, M. T.; MÜLLER, M. K. Swallow: o silenciamento da mulher, a usurpação de sua autonomia e o resgate de si mesma. Revista de pesquisa e prática em psicologia, v. 1, n. 4, pp. 930-958, 2021.
SAFIOTI, H. I. B. O poder do Macho. São Paulo: Editora Moderna, 1987.
SILVA, M. A. L.; SOARES, R. L. S. Reflexões sobre os conceitos de raça e etnia. Entrelaçando: Revista Eletrônica de Culturas e Educação, v. 1, n. 4, pp. 99-115, 2011.
SOLNIT, R. A mãe de todas as perguntas. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Pérsida Pereira da Silva, Daniela Medeiros de Azevedo Prates

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
Los autores conservan los derechos de autor de sus obras y conceden a RELACult el derecho de primera publicación. Todos los artículos están simultáneamente licenciados bajo Creative Commons Atribución 4.0 Internacional (CC BY 4.0), lo que permite el intercambio, distribución, copia, adaptación y uso comercial, siempre que se otorgue el crédito correspondiente a la autoría original y se indique la primera publicación en esta revista.
RELACult pone todo su contenido a disposición en acceso abierto, ampliando la visibilidad y el impacto de los trabajos publicados. La información de contacto proporcionada en el sistema de envío se utiliza exclusivamente para la comunicación editorial y no será compartida para otros fines.