Cem Anos de Solidão: Algumas Chaves de Leitura
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i1.934Keywords:
Márquez, realismo maravilhoso, solidãoAbstract
Demonstrar vieses de leitura da obra Cem anos de solidão (1967), de Gabriel García Márquez, é o que se propõe neste artigo. Para isso, explora-se o modo como o escritor utilizou na fábula contrapontos, inversões e oposições, construídas a fim de operacionalizar, no entrelace dos tempos histórico e mítico, certo ar de encantamento – comum ao estilo em que se inscreve o livro, o realismo maravilhoso. Dessa forma, foi possível identificar dois níveis de trabalho em Márquez: um externo, que lida diretamente com a apreensão do leitor; e um interno, relacionado à conduta de suas próprias personagens. Dialoga-se, aqui, especialmente, com os textos de Chiampi (2012), quando esta discute o realismo maravilhoso como gênero, Josefina Ludmer (1972) e Ángel Rama (1987), cujas análises permitem a compreensão dos jogos opostos internos da obra.
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