Leopoldo Zea: Eurocentrismo, colonialidade e a teoria critica latino-americana.
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v3i3.476Keywords:
Leopoldo Zea, Eurocentrismo, Colonialidade, Decolonialidade.Abstract
O discurso ocidental, tão difundido enquanto ápice da modernidade pautada na racionalidade iluminista e na perspectiva universalista de civilização e etnocêntrico e excludente. É na resistência político-cultural a colonialidade imposta pela modernidade por meio da racionalidade e epistemologia que o intelectual mexicano Leopoldo Zea (1912-2004) se insere no debate intelectual latino-americano. O eurocentrismo enquanto, ideologia e processo histórico são interpretados à luz da realidade e da “concepção histórico-filosófica periférica” latino-americana e do eixo sul global. Busca-se, desta maneira, perceber a construção narrativa de uma filosofia própria para a América Latina no século XX, através do discurso de Zea, que leve em consideração à relação com regiões do mundo exploradas pelo colonialismo e o capitalismo. A metodologia utilizada será a leitura estrutural e analítica dos textos originais do filósofo em questão, e sua confrontação com os trabalhos desenvolvidos pelo grupo colonialidade-decolonialidade. Os conceitos selecionados ao longo da argumentação Zeana buscarão responder e evidenciar quais as problemáticas discutidas em torno da modernidade, eurocentrismo e seu impacto na filosofia latino-americana.
Metrics
References
ALTAMIRO, Carlos. Ideias para um programa de história intelectual. Tempo Social: revista de sociologia da USP, v.19, nº 1. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ts/v19n1/a01v19n1. Acesso em: 03 jun. 2017.
CASTRO-GÓMEZ, Santiago. Ciências sociais, violência epistêmica e o problema da “invenção do outro”. In: LANDER, Edgardo (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais, perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 80-87.
DUSSEL, Enrique. 1492: o encobrimento do outro - a origem do mito da modernidade, conferências de Frankfurt. Petrópolis: Vozes, 1993.
LANDER, Edgardo. Ciências sociais: saberes coloniais e eurocêntricos. In: ______. (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais, perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 8-23.
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar, 1986.
LARRAIN IBAÑEZ, Jorge. Modernidad, razón e identidad en América Latina. Santiago: Editorial Andrés Bello, 1996.
MIGNOLO, Walter. Desobediência epistêmica: A opção descolonial e o significado de identidade em política. Revista Cadernos de Letras da UFF – Dossiê: Literatura, língua e identidade, nº 34, p. 287-324, 2008. Disponível em: http://www.uff.br/cadernosdeletrasuff/34/artigo18.pdf. Acesso em: 03 jun. 2017.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais, perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 107-130.
SANTOS, Luciano dos. As identidades culturais: Proposições conceituais e teóricas. Revista Rascunhos Culturais, Coxim/MS, v.2, nº4, p. 141 – 157, jul/dez., 2011. Disponível em: http://revistarascunhos.sites.ufms.br/files/2012/07/4ed_artigo_9.pdf. Acesso em: 03 jun. 2017.
ZEA, Leopoldo. América Latina y en mundo. Buenos Aires: Eudeba, 1965.
ZEA, Leopoldo. Negritud y Indigenismo. In: _______. (Org.). Dependencia y liberación en la cultura latinoamericana. Ciudad de México: Cuadernos de Joaquín Mortiz, 1974. p. 57-76.
ZEA, Leopoldo. Discurso desde a marginalização e a barbárie. Rio de Janeiro: Ed. Garamond, 2005. 488 p.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos trabalhos publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.