Pensar para além das etiquetas: alguma recepção do romance de 30 brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v3i2.431Keywords:
Romance de 30, Neorrealismo, O Quinze, Menino de Engenho, Amanuense Belmiro.Abstract
Parece consenso, nos manuais e livros didáticos de Literatura Brasileira, apontar o romance de 30 como um movimento de retorno ao Realismo oitocentista, não raro, reduzido a dois polos estanques: de um lado, as obras de realismo social; de outro, as obras de realismo psicológico. Dois questionamentos, entretanto, se interpõem: (i) uma tal redução de um período tão fecundo como a década de 30 seria viável, sem que se tenha perdas significativas de análise e crítica das obras produzidas? (ii) face a este neorrealismo, até que ponto os romancistas de 30 foram, de fato, modernistas, e até que ponto se fixaram nas sombras de um realismo do passado? É em torno destas questões que, mediante a análise dos romances O Quinze, de Rachel de Queiroz, Menino de Engenho, de José Lins do Rego, e Amanuense Belmiro, de Cyro dos Anjos, este artigo se pautará.
Metrics
References
ANJOS, Cyro dos. Amanuense Belmiro. 6ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1966.
AUERBACH, Erich. A meia marrom. In: ____. Mimesis: a representação da realidade na literatura ocidental. 5ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2004.
BUENO, Luís. Os três tempos do romance de 30. Revista Tereza. São Paulo, n°3, p. 254-283, 2002.
LYOTARD, Jean-François. O pós-modernismo explicado às crianças. Lisboa: Dom Quixote, 1999.
MIRANDA, Wander M. A poesia do reesvaziado. Cadernos da Escola do Legislativo. Belo Horizonte, nº 4, p. 95-113, 1995.
MONTEIRO, Adolfo Casais. Prefácio. In: QUEIROZ, Rachel de. O Quinze. 62ª ed. São Paulo: Siciliano, 1993.
QUEIROZ, Rachel de. O Quinze. 62ª ed. São Paulo: Siciliano, 1993.
REGO, José Lins do. Menino de Engenho. 27ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1979.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos trabalhos publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.