“Queria ser uma travesti de respeito”: processos de construções identitárias e subjetivas de mulheres trans e travestis na Microrregião do Seridó Oriental paraibano
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v7i4.1994Keywords:
trajetórias de vida, construção identitárias e subjetivas, mulheres trans, travestis.Abstract
O presente artigo tem como objetivo destacar os processos de construções identitárias e subjetivas de mulheres trans e travestis por intermédio de suas trajetórias de vida, tendo como marcadores sociais de gênero, sexualidade, geração, classe e raça em contextos do espaço familiar na efetivação do processo de transitividade do gênero. Ao longo do texto, estive traçando questões e investigando como as interlocutoras ilustravam seus processos de subjetividade em paralelos de ideias, representações dentro do binarismo de gênero. Tratou-se de uma pesquisa etnográfica realizada na Mesorregião da Borborema, tendo como foco a Microrregião do Seridó Oriental paraibano, geograficamente situada no Nordeste brasileiro. Na referida localidade composta por nove administrações políticas, detive-me a entrevistar interlocutoras das cidades de Cubati (7.234 hab.), Pedra Lavrada (7.475 hab.) e São Vicente do Seridó (10.775 hab.). Essa pesquisa faz parte do meu projeto de doutoramento que tensiona pensar trajetórias de vidas trans nessa microrregião. Como principais resultados, pude perceber como esses corpos ainda estão relegados às redes do patriarcalismo, embora em ambientes familiares diversos, e de que maneira as políticas públicas e de assistencialismo adotadas pelo Estado brasileiro para as pessoas trans ainda são insuficientes, pois são conduzidas, basicamente, em torno do respeito ao nome social, e a campanhas oferecidas pelo Sistema Único de Saúde no tocante ao tratamento de ISTs, HVI/AIDS, hormonioterapias e o processo transexualizador.
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