Reflexões acerca do processo histórico-filosófico de ruptura entre homem e natureza.
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i1.1438Keywords:
Educação ambiental, filosofia, história, homem, natureza.Abstract
O artigo busca produzir uma síntese da problemática ambiental no que diz respeito aos seus entraves com a formação da mentalidade da cultura “ocidental-moderna”. Para tanto, são apropriadas as contribuições de distintos autores de diversas áreas do saber, entre eles estão: Fritjof Capra, Keith Thomas, Bruno Latour, Karl Marx entre outros. Não se pretende filiar a uma única vertente de abordagem, justamente por acreditar no diálogo multidisciplinar como parte da luta por unir o vaso quebrado da ciência. Três dimensões do pensamento humano são destacadas: a religião, a ciência e a economia. Além de proporcionar um diagnóstico, o texto também procura levantar, ainda que de modo singelo, alguns pequenos vislumbres de possibilidades basilares para construirmos “novas” formas de pensar a natureza. Como parte dessas possibilidades, o texto fecha mencionando a importância de se incluir a perspectiva socioambiental indígena como vanguarda da luta contra a crise generalizada.
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