Loucas por livros: as bibliotecárias escolares

Authors

DOI:

https://doi.org/10.23899/relacult.v5i4.1209

Keywords:

Leitura Literária, Bibliotecas escolares, Mediador, Formação de professores

Abstract

No artigo apresentamos o Curso de Aperfeiçoamento “Somos Loucos por Livros”, cujo foco foi qualificar professores da rede pública municipal de Pelotas que atuam em Bibliotecas Escolares. Composta por 89 escolas – 60 EMEF e 29 EMEI –, a rede conta com professores para as incumbências referentes aos serviços bibliotecários. Nossas referências indicam que a Biblioteca é um espaço destinado a políticas de leitura – processos de acesso, uso, fruição e trocas relativas ao artefato mais importante de nossa cultura escrita, o livro. Assim, argumentamos pela premência de que o espaço exista, seja significado pela gestão escolar e ocupado intensamente pelos sujeitos que habitam a escola. Para objetivar a formulação e o desenvolvimento de um diálogo entre Universidade, Secretaria de Educação e Desporto e professores que atuam em Bibliotecas, um grupo de trabalho foi criado em novembro de 2017. Desse, surgiu a proposição de um programa de aperfeiçoamento cujo foco é a formação do mediador em leitura literária na escola. Desenvolvido no ano de 2018, através de um encontro mensal não obrigatório, houve palestras, aulas em livrarias e bibliotecas além de estudos de obras, de autores e gêneros literários. Ao analisar o impacto dessa proposição, intencionamos elencar práticas que oportunizem um aprofundamento nos estudos a respeito da relevância da biblioteca e seus acervos nas escolas.

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Author Biographies

Ieda Maria Azevedo, Universidade Federal de Pelotas

Ieda Maria Kurtz de Azevedo

Licencianda em Pedagogia 

Faculdade de Educação da Universidade Federal de Pelotas

F: (53) 984275604

R: José Alvares De S. S. Sobrinho, 314

Fragata, 96040460 Pelotas/RS

Kurtzieda@gmail.com

 

 

Cristina Maria Rosa, Universidade Federal de Pelotas

Cristina Maria Rosa

Doutora em Educação Faculdade de Educação da Universidade Federal de Pelotas

F: (53) 991 35 87 65

Av. 25 de Julho, 755/199

Três Vendas. 96065-620. Pelotas, RS, Brasil

cris.rosa.ufel@hotmail.com

Simone Echebeste, SMED Pelotas

Simone da Silva Echebeste

Biblioecária

SMED Pelotas
UFPEL
GELL

References

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CUNHA (2014): A literatura é uma experiência estética, cujo resultado seu criador quer fazer único e inconfundível, com marcas que ele gostaria que fossem percebidas pelo leitor como pegadas no caminho da leitura. A literatura é uma experiência estética literária como a soma da percepção/apreensão inicial de uma criação literária e das muitas reações (emocionais, intelectuais ou outras) que esta suscita (...). A leitura de literatura é uma experiência rigorosamente pessoal para o leitor quanto a criação é para seu autor.

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NEVES (2010), [...] “esse ambiente escolar em geral tem sido desprezado pelas políticas públicas e pelas práticas docentes”.

PAULINO (2014): “Prática cultural de natureza artística”, pois a leitura do texto literário se diferencia por oportunizar contato com “outros mundos, em que nascem seres diversos, com suas ações, pensamentos, emoções”. [...] promoção do encontro entre livro e leitor, a fim de que este “estabeleça com o texto lido uma interação prazerosa”, de acordo com Paulino (2014, p. 177).

PIERUCCINI (2002): [...] Dispositivo “complexo, constituído por elementos heterogêneos como a arquitetura e o ambiente, as técnicas e tecnologias, os processos e produtos, as regras e regulamentos, os conteúdos materiais e imateriais”, a Biblioteca para crianças e jovens é responsável por ampliar sentidos aos “significados por ela guardados” [...].

QUEIRÓS (2010): Literatura é direito ainda não escrito...

REYES (2014): [...] um mediador - uma pessoa que "estende pontes entre os livros e os leitores". A literatura e sua fruição demandam um experiente da espécie que, ao exercer o ofício de mediador, “crie as condições para fazer com que seja possível que um livro e um leitor se encontrem”, em “rituais, momentos e atmosferas propícias”.

TODOROV (2010): É a literatura que nos faz humanos e só a ficção nos salva. A literatura integra a cultura escrita, uma de nossas maiores conquistas antropológicas. Todorov (2013): “A importância da Literatura não é o método ou teoria com a qual a estudamos, mas é a própria Literatura. Porque ela fala de nós mesmos, da condição humana, da nossa sociedade. Ela nos permite compreender melhor o mundo. Quando lemos um livro, está lá o que é mais importante”.

UNESCO (1999): Ao observar o Manifesto pela Biblioteca Escolar percebemos que um dos objetivos deste espaço é “desenvolver e manter nas crianças o hábito e o prazer da leitura e da aprendizagem, bem como o uso da biblioteca ao longo da vida”.

Published

2019-05-05

How to Cite

Azevedo, I. M., Rosa, C. M., & Echebeste, S. (2019). Loucas por livros: as bibliotecárias escolares. RELACult - Revista Latino-Americana De Estudos Em Cultura E Sociedade, 5(4). https://doi.org/10.23899/relacult.v5i4.1209

Issue

Section

IV - Encontro Humanístico Multidisciplinar