A Marginalidade em Detrimento da Interculturalidade em Regiões de Fronteira Geográfica Enunciativa
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v3i3.510Keywords:
Fronteira Geográfica Enunciativa, Interculturalidade, Língua Espanhola, Linguística Aplicada, Marginalidade.Abstract
Este estudo advém de uma pesquisa de doutorado desenvolvida no município de Guaíra, Paraná, a respeito do ensino e da aprendizagem da Língua Espanhola enquanto Língua de Fronteira. Como Guaíra faz fronteira com o Paraguai e recebe muitos alunos estrangeiros que não falam a Língua Portuguesa, situação que tem dificultado o processo de ensino e de aprendizagem no Ensino Fundamental I, realizou-se uma entrevista nas instituições de ensino da cidade buscando traçar como a escola recebe esses alunos e como trabalham com a língua e com a cultura que os discentes trazem consigo, uma vez que a situação evidenciada atualmente pelas fronteiras e seus habitantes tem demonstrado que estas vão além de limites cartográficos e de poder, pois são também espaços de interação linguística, cultural, social, étnica e política, o que as caracteriza como fronteiras geográficas enunciativas (RIBEIRO, 2015). Para tanto, desenvolveu-se uma pesquisa de campo a partir da perspectiva da Linguística Aplicada e da Sociolinguística, quando tratam de direitos linguísticos, das Políticas e Planificações Linguísticas e do Ensino de Línguas sob a perspectiva de Língua(s) de Fronteira (STURZA 2006; RIBEIRO 2015, 2017).
References
BAKHTIN, M. M. Estética da criação verbal. 4. ed. Tradução por Paulo Bezerra. São Paulo: Martins fontes, 2003.
CALVET, L. J. Sociolinguística: uma introdução crítica. Tradução de Marcos Marcionilo. São Paulo: Parábola, 2002.
_____. As políticas lingüísticas. Tradução de Isabel de Oliveira Duarte, Jonas Tenfen e Marcos Bagno. São Paulo: Parábola, 2007.
CAMPIGOTO, José A. Hermenêutica da fronteira: a fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Florianópolis, 2000. Tese de Doutorado em História. Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Florianópolis, 2000.
_____. Narradores de fronteira: malhas da pré-compreensão. Anais do Simpósio Nacional em Ciências Humanas – Universidade e Sociedade. Unioeste, Marechal Cândido Rondon, PR: EDUNIOESTE, junho/2006, p. 153-157.
FLICK, Uwe. Uma introdução à pesquisa qualitativa. 2. ed. Porto Alegre: BOOKMAn, 2004.
HAMEL, Rainer E. Direitos linguísticos como direitos humanos: debates e perspectives. In OLIVEIRA, Gilvan M de (Orgs.). Declaração universal dos direitos lingüísticos. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2003, p. 47- 80.
KULIKOWSKI, María Z. M. La lengua española en Brasil: un futuro promisor. In SEDYCIAS, João (Org.). O ensino do espanhol no Brasil: passado, presente, futuro. São Paulo: Parábola Editorial, 2005, p. 45-52.
KUMARAVADIVELU, B. A linguística aplicada na era da globalização. In MOITA LOPES, Luiz P. da. (Org.). Por uma linguística aplicada INdisciplinar. São Paulo: Parábola, 2006, p. 129-148.
LAGARES, Xoán C. Ensino do espanhol no Brasil: uma (complexa) questão de política linguística. In NICOLAIDES, Christine et al. (Orgs.). Política e políticas linguísticas. Campinas, SP: Pontes, 2013, p. 181-198.
LEFFA, Vilson J. Aspectos políticos da formação do professor de línguas estrangeiras. In LEFFA, Vilson J. (Org.). O professor de línguas estrangeiras: construindo a profissão. Pelotas, 2001, v. 1, p. 335-355.
LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
OLIVEIRA, Gilvan M. de. Políticas linguísticas como políticas públicas. 2013. Disponível em http://e-ipol.org/wp-ontent/uploads/2013/06/Politicas_linguisticas_e_Politicas_publicas. pdf Acesso em set. 2013.
_____. Política Linguística na e para além da Educação Formal. Estudos linguísticos XXXIV, p. 87-94, 2005. Disponível em <<http://etnolinguistica.wdfiles.com/local--files/journal%3Aestudos/oliveira_2005_politica.pdf>> Acesso em set. 2013.
PEREIRA, Maria Ceres. O português e as línguas nas fronteiras: desafios para a escola. Revista Siple. Ed. 2. Ano 2, n. 1. Brasília: 2011. Disponível em <http://www.siple.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=172:3-o-portugues-e-as-linguas-nas-fronteiras--desafios-para-a-escola&catid=57:edicao-2&Itemid=92> Acesso em nov. De 2014.
¬_____; COSTA, Rinaldo V. Políticas lingüística: o caso dos cenários bi(multi)língues. In VON BORSTEL, Clarice N. e COSTA-HÜBES, T. da C. (Orgs.). Linguagem, Cultura e Ensino. Cascavel: EDUNIOESTE, 2011, p. 49- 66.
RAJAGOPALAN, Kanavillil. Língua Estrangeira e autoestima. Por uma linguística crítica: linguagem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parábola, 2003, p. 65-70.
_____. Política linguística: do que é que se trata, afinal? In NICOLAIDES, Christine et al. (Orgs). Política e políticas lingüísticas. Campinas, SP: Pontes, 2013, p, 19-42.
RIBEIRO, Simone B. C. Língua(s) de fronteira: o ensino da Língua Espanhola em Guaíra, Paraná. 2015. 259 páginas. Tese (Doutorado em Letras) – Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Cascavel, 2015.
_____; Políticas linguísticas e ensino de língua(s) de fronteira na escola. In Revista Organon. v. 32, n. 62, junho de 2017, p. 1-17, 2017 Disponível em <<http://seer.ufrgs.br/index.php/organon/article/view/72274>> Acesso em jul. 2017
RODRIGUES, Bruno C. Ensino de português como língua adicional para hispanofalantes: uma proposta de material didático para o ensino de leitura e escrita em níveis iniciais. Porto Alegre, 2013. Monografia de conclusão de curso. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Letras. 2013.
SANDÍN ESTEBAN, Maria Paz. Pesquisa qualitativa: fundamentos e tradições. Trad. Miguel Cabrera. São Paulo: Artmed, 2010.
SEDYCIAS, João. Por que os brasileiros devem aprender espanhol? In SEDYCIAS, João (Org.). O ensino do espanhol no Brasil: passado, presente, futuro. São Paulo: Parábola Editorial, 2005, p. 35-44.
STURZA, Eliana R. Línguas de Fronteira e Políticas de línguas: uma história das idéias linguísticas. Campinas, 2006. Tese de Doutorado. Campinas. UNICAMP, 2006.
_____. A Interface Português/Espanhol: a Constituição de um Espaço de Enunciação Fronteiriço. IV Congresso Brasileiro de Hispanistas, 2008, Belo Horizonte: UFMG, v. 1. p. 2537-2545, 2008. Disponível em <<http://www.letras.ufmg.br/espanhol/Anais/anais_paginas%20_2502-3078/Interface%20portugu%EAS.pdf>> Acesso em setembro de 2013.
_____. No tempo e no espaço: mapeando as línguas de fronteira. In I CIPLOM, de 19 a 22 de outubro de 2010. Foz do Iguaçu, 2010, p. 1-7. Disponível em <<http://www.apeesp.com.br/ciplom/Arquivos/artigos/pdf/elianasturza.pdf>> Acesso em setembro de 2013.
VON BORSTEL, Clarice N. Políticas linguísticas e educacionais em situações de línguas em/de contato. LLJournal, v. 8, n. 1, p.1-10. 2013. Disponível em http://ojs.gc.cuny.edu/index.php/lljournal/article/view/1365/1452 Acesso em jun. 2014.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Authors who publish in this journal agree to the following terms:
Authors retain the copyright of their works and grant RELACult the right of first publication. All articles are simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0), which allows sharing, distribution, copying, adaptation, and commercial use, provided that proper credit is given to the original authorship and the first publication in this journal is acknowledged.
RELACult makes all of its content openly accessible, thereby increasing the visibility and impact of the published works. The contact information provided in the submission system is used exclusively for editorial communication and will not be shared for any other purpose.
 
							