Fronteiras Correspondidas: Moisés Bertoni e Suas Cartas
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v6i3.1964Keywords:
Ciências Humanas, Estudos em Cultura.Abstract
O presente trabalho constitui-se em uma pesquisa em torno de cartas remetidas e recebidas por Moisés Santiago Bertoni. Tem como objetivo lançar olhares sobre o mundo da fronteira trinacional Brasil, Paraguai e Argentina, final do século XIX e início do XX. Estes documentos apresentam acontecimentos e vivências ausentes em outras fontes de consulta. Bertoni, ao longo de sua vida, elaborou uma prática de produção sobre si, que englobou um diversificado conjunto de ações, desde as ligadas à escrita de si, até aquelas chamadas memórias de si. Essa “escrita de si” está sendo entendida dentro de um contexto de relações com seus próprios documentos, pois deixaram aparente o envolvimento que ele mantinha com os registros que produziu e arquivou para a construção de memórias que o colocam em uma posição de centralidade na fronteira. Foram os indícios contidos nas cartas que possibilitaram o relevante estudo não só sobre o personagem Bertoni, mas também sobre suas vivências e o rico legado produzido por ele e suas relações fronteiriças.
References
BARATTI & CANDOLFI (1996). Catálogo del Archivo de Moisés Santiago Bertoni Y Familia – Puerto Bertoni, Bellinzona, Archivo Cantonal.
BARATTI & CANDOLFI (1994). l’Arca di Mosè. Biografia epistolare di Mosè Bertoni 1857-1929. Editora Casagrande, Bellinzona, Suíça, 1 ed.
BEZERRA, Carlos Eduardo e SILVA, Telma Maciel da (2009). Jogo de cartas: a correspondência como fonte de pesquisa. Patrimônio e Memória. UNESP – FCLAs – CEDAP, Vol. 5, n. 2 p. 133-158 – dez.
GINZBURG, Carlo (2007). O Fio e os Rastros: Verdadeiro, Falso, Fictício. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
GOMES, Ângela Casto (2004). (Org.) A Escrita de Si a Escrita da História. Rio de Janeiro: Editora FGV.
HORTA, Nicole Marinho; DIAS, Débora de Almeida; CORDEIRO, Luciana Coutinho (2018). Cartas: um acervo de memória afetiva e histórica e a importância de sua preservação. Múltiplos olhares em ciência da informação. V. 8 n. 1, mar.
MARTINS, Vanessa Gandra Dutra (2019). Reflexões sobre a escrita epistolar como fonte histórica a partir da contribuição da teoria da literatura. revistas.fw.uri.br/index.php/revistalinguaeliteratura/article/view/152, acessado em 13/o8/2019.
MATTOS, Raimundo César de Oliveira (2010). As cartas revelam – Analisando o oitocentos através da correspondência. XIV Encontro Regional da ANPHU – Memória e Patrimônio. RJ, UNIRIO.
MONTE, Vanessa Martins do (2015). Correspondências paulistas: as formas de tratamento em cartas de circulação pública (1765-1775). SP, FAPESP, Humanistas, 519 páginas.
MUNHÓS, Fernando (2016). As cartas também constroem a história: potencialidades em uma conversa vinda do passado. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros. N. 64. Ago. p. 336-342.
SILVA, Francisco Ribeiro da (1997). Coronel Helder Ribeiro – Correspondência recebida (1902-1931) e notas autobiográficas. Porto, Universidade Portucalense / Liga dos Amigos do Museu Militar do Porto.
SILVA, Victória Gambetta da (2007). Resenha. A Escrita de Si e a Escrita da História. Revista História em Reflexão: Vol. 1 n. 1 – UFGD - Dourados Jan/Jun.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2021 Solange da Silva Portz, Valdir Gregory

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Authors who publish in this journal agree to the following terms:
Authors retain the copyright of their works and grant RELACult the right of first publication. All articles are simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0), which allows sharing, distribution, copying, adaptation, and commercial use, provided that proper credit is given to the original authorship and the first publication in this journal is acknowledged.
RELACult makes all of its content openly accessible, thereby increasing the visibility and impact of the published works. The contact information provided in the submission system is used exclusively for editorial communication and will not be shared for any other purpose.