“Do que é feito um corpo?”: uma crítica substantiva kaiowá e guarani ao agronegócio

Autores

  • Bruno Martins Morais Universidade de São Paulo; Pontifícia Universidade Católica do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.23899/relacult.v5i1.927

Palavras-chave:

Kaiowá-Guarani, agronegócio, corpo, substância

Resumo

Afinal, do que é feito um corpo? Explorando uma crítica ao agronegócio a partir do trato antropológico da territorialidade kaiowá e guarani, e do conceito de tekoha, este artigo se estrutura em dois movimentos: primeiro traça as (im)possibilidades de uma genealogia do corpo a partir das narrativas de um rezador sobre o surgimento do homem e da mulher, e do branco; para, então, delinear uma escatologia na afinidade entre corpo e terra, fundada no sangue como substância. Originário de uma relação, o fim de um corpo é espalhar-se sobre, e compor a própria terra. Se a teoria antropológica chegou a uma aporia em torno do tekoha como expressão da territorialidade guarani, a crítica indígena ao projeto colonial do agronegócio sugere uma solução: o espaço e o corpo dos que o habitam parecem se conjugar como elementos tangíveis e intangíveis de uma mesma composição, sugerindo um modelo criativo e não produtivo das relações entre seres humanos e terra.

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Biografia do Autor

Bruno Martins Morais, Universidade de São Paulo; Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Graduado em Direito pela Universidade de São Paulo, e mestre em antropologia social pela mesma universidade. Doutorando em Direito Socioambiental e Sustentabilidade pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

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Publicado

2019-08-20

Como Citar

Morais, B. M. (2019). “Do que é feito um corpo?”: uma crítica substantiva kaiowá e guarani ao agronegócio. RELACult - Revista Latino-Americana De Estudos Em Cultura E Sociedade, 5(1). https://doi.org/10.23899/relacult.v5i1.927

Edição

Seção

Dossiê - Quando a natureza não é um recurso: humanos e não humanos na resistência aos grandes projetos desenvolvimentist