A Presença Indígena no Telejornal Liberal: Redes de Memória e Identidade
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v3i3.467Palavras-chave:
Análise do discurso. Telejornal. Sociedades Indígenas. Redes de Memória. IdentidadeResumo
Desde o início da colonização, nas primeiras cartas enviadas à Europa, os povos indígenas passaram a ser descritos pelo olhar estrangeiro. A interação com os colonizadores propiciou para que as práticas indígenas sofressem alterações e as legitimações discursivas sobre eles começassem a se constituírem. Tomando a análise do discurso como uma referência teórico-metodológica, este artigo se propõe analisar um vídeo, de 7 minutos e 51 segundos, referente a uma matéria sobre protestos realizados pelos indígenas da etnia Munduruku na cidade Jacareacanga – estado Pará, veiculado no telejornal Liberal 1ª edição – afiliada da Rede Globo, no dia 3 de julho de 2012. Essa análise se fundamenta nas discussões teóricas dos estudos culturais envolvendo redes de memória e identidade sendo atravessadas pela perspectiva discursiva foucaultiana, e estudos sobre identidade, discurso e mídia, usando a análise do discurso para compreender como as produções discursivas midiáticas estão permeadas de relações de poder, regimes de verdade e procedimentos de controle que legitimam discursos sobre os indígenas brasileiros. Neste, o discurso veiculado sobre os indígenas mostra o que é ser indígena no Brasil: agressivo e selvagem. Depara-se, com isso, que a matéria televisiva coloca em circulação enunciados que se inscrevem em uma rede de memórias estabelecendo um indígena selvagem e perigosoMétricas
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