Interseccionalidade como ferramenta teórico-metodológica

Autores

  • Mayra Silva dos Santos Universidade Federal de São Carlos

DOI:

https://doi.org/10.23899/15asn793

Palavras-chave:

interseccionalidade, mulheres negras, ferramenta

Resumo

O presente estudo aborda a interseccionalidade como uma ferramenta teórico-metodológica fundamentada na epistemologia feminista negra. Essa perspectiva promove a desconstrução de práticas opressivas interseccionais, validando as experiências de mulheres negras como formas legítimas de conhecimento. A pesquisa adota uma revisão bibliográfica, baseada em textos como os de Patrícia Collins e Sirma Bilge (2020), Carla Akotirene (2019), Kimberlé Crenshaw (1991), Leslie McCall (2005) e Baukje Prins (2006). Essa análise permitiu examinar criticamente os fundamentos teóricos e as aplicações metodológicas da interseccionalidade, destacando suas contribuições para a análise das condições de grupos historicamente marginalizados. A revisão bibliográfica evidencia que essa ferramenta transcende o âmbito conceitual, sendo essencial para a análise das condições históricas e estruturais que moldam as experiências de mulheres negras e outros grupos marginalizados. Sua aplicação destaca a relevância de integrar práticas investigativas que promovam justiça social e transformação estrutural.

Referências

AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Pólen, 2019.

CARNEIRO, Sueli. Mulheres em movimento. Estudos Avançados [online], v. 17, n. 49, 2003. pp. 117-133. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0103-40142003000300008>. Acesso em: 17 ago. 2022. ISSN 1806-9592.

COLLINS, Patricia Hill. Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento. 2. ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2019.

COLLINS, Patricia Hill; BILGE, Sirma. Interseccionalidade. São Paulo: Difel, 2020.

CRENSHAW, Kimberlé. Mapping the margins: intersectionality, identity politics, and violence against women of color. Stanford Law Review, v. 43, n. 6, p. 1241-1299, 1991.

MCCALL, Leslie. The complexity of intersectionality. Signs: Journal of Women in Culture and Society, v. 30, n. 3, p. 1771-1800, 2005.

PRINS, Baukje. Narrative accounts of origins: a blind spot in the intersectional approach? European Journal of Women’s Studies, v. 13, n. 3, p. 277-290, 2006.

VIOTTI, Maria Luiza Ribeiro. Declaração e Plataforma de Ação da IV Conferência Mundial Sobre a Mulher. Universidade de São Paulo (USP), 1995.Disponível em: https://www.onumulheres.org.br/wp-content/uploads/2013/03/declaracao_beijing.pdf. Acesso em: 25 jan. 2024.

Downloads

Publicado

2025-07-06

Edição

Seção

Dossiê - III Decolonialidade, feminino e negritude

Como Citar

Interseccionalidade como ferramenta teórico-metodológica. (2025). RELACult - Revista Latino-Americana De Estudos Em Cultura E Sociedade, 11(1). https://doi.org/10.23899/15asn793