A mulher na literatura: seus enquadramentos e a precariedade da emancipação
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v2i4.267Palavras-chave:
mulheres, literatura, Virginia Woolf, Judith Butler, Michel FoucaultResumo
A figura histórica feminino presente na literatura do século XVI, por exemplo, expõe um cenário literário sem representatividade feminina em suas obras. A composição da narrativa sobre a mulher estava a cargo de escritores homens, que insuficientemente versavam acerca das mulheres, mas que revelavam a exclusão e repressão feminina nos meios acadêmicos e sociais. Desta forma Virginia Woolf em “Um teto todo seu” traça panoramas históricos e sociais sobre a restrição do sexo feminino a literatura, tanto no acesso a leituras e a aprendizagem, fontes intelectuais que as embase e a liberdade cerceada socialmente de produzir no meio literário e acadêmico. Envolta em uma sociedade excludente, há fomento a uma construção social que desprivilegia a mulher como agente das escritas literárias, inviabilizando a sua emancipação intelectual ao longo da história. Calcado nestes elementos, a teoria do capital humano de Michel Foucault estabelece dialogo sobre as condições de subjugação patriarcal das mulheres, juntamente com o investimento em capital humano não ofertado a elas da mesma forma que aos homens na sociedade. Juntamente com a autora Judith Butler em “Vida precária, vida passível de luto”, há o questionamento teórico sobre o livro de Woolf acerca do enquadramento produzido por uma literatura sexista e excludente, que de forma rasa ou insuficiente via a mulher como um agente social, inferiorizando a sua existência.
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Referências
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