A subalternização de mulheres negras no mundo do trabalho nos romances Água de Barrela e Solitária de Eliana Alves Cruz
DOI:
https://doi.org/10.23899/8me09v82Palavras-chave:
Intersecções; memória; literatura; afrobrasileira; comparação.Resumo
Este artigo propõe uma análise do trabalho e da representatividade da mulher negra brasileira, destacando as complexas vivências das personagens femininas nos romances Água de Barrela (2016) e Solitária (2022), de Eliana Alves Cruz. Ambas as obras exploram as interseções do racismo e do sexismo, retratando mulheres que enfrentam a opressão estrutural enquanto se dividem entre as demandas do trabalho e da vida familiar. Essas personagens, marcadas pela dor e pela violência histórica, representam também exemplos de resiliência e resistência, desafiando os papéis sociais impostos e criando estratégias de sobrevivência e afirmação. O objetivo principal é examinar como Eliana Alves Cruz constrói as múltiplas dimensões dessas mulheres, ressaltando sua humanidade e força. Assim, busca-se compreender como essas figuras literárias transgridem as barreiras impostas pela opressão de gênero e raça, ressignificando suas narrativas pessoais e coletivas.
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