Bem-vindos ao baile!
O Ballroom como símbolo de identidade e representação queer
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v10i1.2395Palavras-chave:
Queer, espaço de representação, LGBTQIA+, BallroomResumo
Este artigo propõe uma discussão acerca da cultura do ballroom como ferramenta de representação para a comunidade queer e correlacionar a cultura para além dos salões de baile. O ballroom teve seu grande ápice na comunidade LGBTQIA+ periférica de Nova York, na década de 1980, com pesquisadores datando seu surgimento na década de 60 e até mesmo nos anos 20, onde a subcultura negra LGBTQIA+ começou a se formar em Detroit, nos Estados Unidos. Os grupos sociais mais presentes nesses espaços eram – e seguem sendo – os corpos queer afro-americanos e latino-americanos, que caracterizavam o espaço como um refúgio onde poderiam expressar suas identidades e se sentirem acolhidos. Utilizamos para nossa análise os seriados ‘Pose’ e ‘Legendary’, além do documentário ‘Paris Is Burning’, que envolvem a temática e nos possibilitam a discussão empírica e espacial a partir de suas simbologias. Notamos a partir desses elementos, a relação dos salões de baile com a espacialidade e cotidiano queer, uma vez que suas vivências perpassam diretamente aos espaços subterrâneos de festa e lazer, nos quais há maior possibilidade de expressão e subjetividade.
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