O desnudamento como busca da cura na escrita do presente de Pedro Juan Gutiérrez
outras proposições crítico-teóricas sobre a Trilogia suja de Havana
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v9i2.2391Palavras-chave:
Autoficção, Desnudamento, Escrita do presente, Escrita do trauma, Pacto ambíguoResumo
Neste artigo buscamos analisar a obra Trilogia suja de Havana (1998), do escritor cubano Pedro Juan Gutiérrez (1950-), a partir da noção narrativa de “desnudamento” como busca da cura pelo autor-narrador-personagem. A referida obra é concebida aqui como uma escrita do presente, que dialoga com uma série de outras categorias referentes à literatura contemporânea, dentre as quais: escrita do eu e dos outros, escrita autobiográfica, autoficção, escrita do trauma e escrita terapêutica, literatura de testemunho, entre outras. Ao adotarmos outras proposições crítico-teóricas para uma releitura sobre esta obra, objetivamos com isso a ruptura com leituras hegemônicas distanciadas que a lograram ao exotismo – logo, trata-se aqui de uma releitura anti-exótica; fundamentando, dessa forma, chaves de leituras analíticas mais pertinentes para uma compreensão qualificada sobre a mesma. Dentre os resultados obtidos mais relevantes, evidenciamos a trilogia de Gutiérrez como vinculada ao “pacto ambíguo” por situar-se justamente nos interstícios narrativos entre o chamado romance moderno (ficção) e a autobiografia (realidade).
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