O rap nacional e o caso Djonga: por uma sociologia das ausências e das emergências
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i3.1657Palavras-chave:
Teorias do Sul, RAP, Saberes Emancipatórios, Djonga.Resumo
Na atualidade tem ocorrido um efervescente debate na Teoria Sociológica por conta das problematizações trazidas pelas Teorias do Sul. Um dos principais apontamentos é identificar as ausências na abordagem sociológica, fazendo emergir atores ocultados e os conhecimentos por eles produzidos, na tentativa de valorizar a diversidade epistemológica do mundo. Dessa forma, este trabalho efetua uma reflexão acerca da dimensão transcultural, política e estética do RAP na produção de saberes emancipatórios e aponta para os possíveis diálogos entre esse gênero musical e os posicionamentos éticos no que tange aos fazeres sociológicos. Analisa-se trechos de composições do rapper Djonga, verificando sua música como instrumento de combate e estratégia de descolonização do cotidiano, a partir de uma análise minuciosa de questões sociais, como a conjuntura político-moral e proposições de possíveis ações de (re)existências. Finaliza-se apontando para o discurso do rapper que expande a noção das questões sociais do país, um artifício utilizado para quebrar o silêncio, ora do legado colonial, ora de seus resultados na construção incessante da sociedade brasileira.
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