BIOgeografias Como Perspectiva Epistêmica das Artes Visuais Descoloniais Fronteiriças

Autores

  • Marcos Antônio Bessa-Oliveira UEMS - Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul NAV(r)E - Núcleo de Artes Visuais em (re)Verificações Epistemológicas - UEMS/CNPq http://orcid.org/0000-0002-4783-7903

DOI:

https://doi.org/10.23899/relacult.v5i5.1468

Palavras-chave:

Paisagem, Artes Visuais, Descolonização Fronteiriça, Biogeografias.

Resumo

As produções no Brasil sempre passaram por tendências! Na arte, nas suas diferentes possibilidades, não é diferente! Na produção artística, na teoria e na crítica sobre a arte, e no ensino de Arte sempre estivemos ancorados em tendências vindas de lugares alheios às realidades brasileiras. Tendências sempre são passíveis de existência! Na arte, na cultura e no conhecimento sempre irão, dos e nos diversos lugares, haver tendências de pesquisas, práticas, mesmo no ensino de Arte que migram de lugares para lugares. Graças às memórias, histórias, experiências, sujeitos, espaços e narrativas particulares – Bio-sujeitos, geo-espaços, grafias-narrativas = Biogeografias –, teremos infinitas tendências na arte, na cultura e no conhecimento emergentes de tempos em tempos infinitamente. No século XXI a rapidez das tendências é cada vez maior! E no Brasil as tendências sempre encontram lugares aninhadores! O que mostra diferenças em relação à perspectiva histórica em e de vários lugares. Logo, cada paisagem biogeográfica precisa de uma espécie de tendência para ser compreendida no contexto onde emerge enquanto arte. A ideia deste trabalho é discutir, sem ser tendência, na arte, na cultura e nos conhecimentos, nas biogeografias de Mato Grosso do Sul-Brasil, os postulados teóricos e de teorias e artísticos emergentes contemporâneos ou os mantidos para pensar a arte, a cultura e os conhecimentos locais, desde a modernidade (séculos XV/XVI), ainda que MS só fosse criado quando dividido de Mato Grosso em 1977. Tomo das epistemologias culturais (Estudos de Culturas) consolidadas nos lugares emergentes latinos para pensar os fazeres artísticos. Pois, das produções teóricas e artísticas de lóci com paisagens biogeográficas outras é possível estabelecer reflexões teóricas e artísticas da arte, cultura e conhecimento de Mato Grosso do Sul, por exemplo, que não são tendências migrantes, mas são divergentes das paisagens clássicas e/ou modernas insistentes na cultura brasileira desde 1500.

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Biografia do Autor

Marcos Antônio Bessa-Oliveira, UEMS - Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul NAV(r)E - Núcleo de Artes Visuais em (re)Verificações Epistemológicas - UEMS/CNPq

Professor do Curso de Artes Cênicas (Graduação), na Cadeira de Artes Visuais, e do Programa de Mestrado Profissional em Educação – PROFEDUC – da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS na Unidade Universitária de Campo Grande – UUCG - Brasil. Doutor em Artes Visuais pelo IA-Unicamp, Mestre em Estudos de Linguagens e Graduado em Artes Visuais – Licenciatura – Habilitação em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. É líder do Grupo de Pesquisa NAV(r)E – Núcleo de Artes Visuais em (re)Verificações Epistemológicas (certificado pela UEMS/CNPq – que pode ser acessado em: dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/1456348756496114); é membro dos Grupos de Pesquisas: NECC – Núcleo de Estudos Culturais Comparados (UFMS/CNPq), Grupo de Pesquisa Estudos Visuais (UNICAMP/CNPq) e do Grupo de Pesquisa O PROCESSO IDENTITÁRIO DO INDÍGENA DE MATO GROSSO DO SUL: ANÁLISE DOCUMENTAL E MIDIÁTICA DA LUTA PELA TERRA - UFMS. Atualmente desenvolve Pesquisa de Pós-doutoramento na UFMS, no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens, na FAALC. ORCID iD - http://orcid.org/0000-0002-4783-7903 

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Publicado

2019-05-31

Como Citar

Bessa-Oliveira, M. A. (2019). BIOgeografias Como Perspectiva Epistêmica das Artes Visuais Descoloniais Fronteiriças. RELACult - Revista Latino-Americana De Estudos Em Cultura E Sociedade, 5(5). https://doi.org/10.23899/relacult.v5i5.1468

Edição

Seção

II - Seminário Latino-Americano de Estudos em Cultura