A proliferação de memoriais às vítimas no Brasil: Reflexões em torno a alguns casos recentes.
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i4.1324Resumo
O presente artigo trata sobre a criação de espaços memoriais dedicados às vítimas no Brasil na última década (2008-2018) a partir de três recortes: a) os memoriais voltados à ditadura militar brasileira (1964-1985), b) os memoriais às vítimas de acidentes aéreos (2007) e c) os ligados ao incêndio de um local noturno (2013). Encontrando nestas ações memoriais, decorrentes de acontecimentos traumáticos, como fenômeno de ‘proliferação’ da memória, através do qual ações memoriais que partem de grupos diversos de atores que reivindicam o não esquecimento de suas vítimas e dos crimes cometidos. Desta forma, possibilitando a marcação de territórios não mais somente pela ação e iniciativa do Estado, mas também em confluência entre estes grupos de vítimas, sobreviventes, familiares e outros vinculados a estes.Nossa proposta busca saber quem são os atores que compõe a rede de criação destes espaços e como estes desenvolvem as narrativas, buscam recursos e ressignificam esses locais. Nesse sentido, compreendemos que a depender dos tipos de agentes envolvidos nos processos de constituição de memoriais, estes vão definir a forma como serão conduzidos o planejamento, execução e manutenção, entre outras características destes espaços. O trabalho desenvolve-se por meio de pesquisa documental em periódicos e sites das iniciativas. Esta pesquisa vem sendo realizada com apoio da FAPERGS.Métricas
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