Ex-Líbris: a memória de uma técnica
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i4.1320Palavras-chave:
cultura, Ex-Líbris, memória, cultura visual, identidadeResumo
A presença de um Ex-Líbris, marca de propriedade, além de revelar uma etiqueta gráfica com técnicas de impressão específicas, designa valores estéticos e informacionais próprios da cultura visual que atraem a atenção, principalmente de colecionadores. O Ex-Líbris documenta não só a relação entre o proprietário e uma obra, documenta uma técnica, representa a arte de uma época, gostos, predileções e, sobretudo a memória gráfica. Nessa esteira, o presente estudo reflete sobre a potência destes objetos operarem como portadores de uma identidade que contém substrato para a memória social a partir de suas características de re-apresentação. Contemplando uma breve análise, como instância metodológica, este estudo desenvolve-se a partir da seleção de Ex-Líbris brasileiros em xilogravura presentes no Museu de Arte Frederikshavn Kunstmuseum na base “The digital Ex-Líbris Museum” e aponta em tese, como conclusão parcial, que estes objetos re-apresentam um padrão estético próprio de autor, de proprietário e de técnica de produção, evidenciando aspectos da cultura visual que compõe a memória social.
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