Literatura como estratégia da educação geográfica: discussões acerca da contemporaneidade por uma tradição inventada
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i4.1310Palavras-chave:
Ensino, Erico Verissimo, Geografia, Literatura de ficção.Resumo
Este trabalho expõe encaminhamentos multidisciplinares atuais acerca da relação Geografia-Literatura na percepção de que a Literatura de ficção serve como mídia de modelação social na construção de uma identidade a partir de uma tradição inventada. Tem por objetivo geral analisar a modelação propiciada na Literatura de ficção enquanto construção de estereótipos e compreender como a Educação Geográfica possibilita uma desconstrução crítica dos mesmos, a partir de revisão bibliográfica e pesquisa documental, além de encaminhamentos para uma análise do discurso da obra, na análise e tratamento dos dados. O recorte da Dissertação de Mestrado em andamento evidencia conceitos como modelação social – na perspectiva de Albert Bandura e a influência de agentes e mídias no processo de aprendizagem – e tradição inventada – pensada a partir de Eric Hobsbawm na criação de tradições a partir de narrativas contemporâneas. Ainda, a Educação Geográfica e a Literatura são pensadas no âmbito do Ensino de Geografia na/para a escola, e também em diferentes espaços de aprendizagem geográfica. Visa-se explorar em O Continente, v. 1 (primeiro tomo de O tempo e o vento, de Erico Verissimo), a contemporaneidade do autor e da obra, e as possibilidades de seu discurso para uma reeducação geográfica ante um discurso geralmente reconhecido parcialmente a partir de adaptações da obra para o cinema e a televisão.
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