REFLEXÕES INICIAIS SOBRE A ALIMENTAÇÃO DAS CLASSES SOCIAIS
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i4.1198Palavras-chave:
Alimentação, Capitalismo, Consumismo, Dialética Social, Hábitos AlimentaresResumo
Este trabalho apresenta estudos iniciais sobre diferenças de alimentação entre classes sociais brasileiras, objetivando verificar a existência, ou não, de relações entre o que é consumido, e as classes sociais opostas. A partir de um contexto social dialético e tendo foco no trabalhador, questionaremos sobre o que é comer e beber bem para um trabalhador? A pesquisa visa compreender a questão da qualidade do alimento que é consumido em relação as diferentes classes sociais, consequência da estrutura social capitalista. Como metodologia, utilizou-se a abordagem dialética dos fatos, tendo como ferramenta a análise documental de relatórios técnicos, artigos de periódicos e livros. Através desta análise, buscar-se-á observar, em termos nutricionais, se a qualidade dos alimentos que os trabalhadores ingerem é inferior ou não aos alimentos ingeridos pela classe proprietária dos meios de produção. O ato de comer é caracterizado, também, pelo sistema produtivo e distributivo do modelo socioeconômico. Por isso, buscar-se-á compreender a razão da produção significativa de alimentos e da paradoxal existência da fome endêmica e da disparidade de acesso aos alimentos por boa parte dos trabalhadores. Metodologicamente, se supõe ser possível estabelecer se a produção de alimentos é vista apenas como mercadoria a ser consumida, ou se ela tem uma finalidade social. Nesta mesma direção, se pode verificar a relação possivelmente existente entre a má alimentação, a desnutrição e as doenças a elas correlatas, pois, mesmo se utilizando de técnicas produtivas avançadas, pode ocorrer que alimentos processados não sejam nutritivos como prometem ser.Métricas
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