Música, memórias e trânsitos decoloniais na Amazônia Acriana
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v3i3.552Palavras-chave:
Capital cultural, decolonialidade, oralidade, representaçãoResumo
Resumo
Este texto traduz algumas experiências vividas no projeto intitulado “Memórias Musicais vivas na Amazônia Acriana” e desenvolvido pelo grupo de pesquisa “Azougue: ateliê de pesquisa e extensão em artes”, cujo objetivo consiste em cartografar saberes que envolvem a prática musical e a vida de pessoas que compõem este heterogêneo cenário, no qual a prática musical e a vida são intimamente entrelaçadas. Franscisco Dalerbã é conhecido como “Chiquinho da Guitarra”. Instrumentista, arranjador, cantor e compositor, Seu Chiquinho desenvolveu seu estudo musical aliado às demais práticas culturais. A trajetória autodidata de estudo e aprendizagem musical de Seu Chiquinho cria uma forma de relação com a escuta e com o instrumento musical extremamente rica. Entre os dilemas da distinção entre o músico e o tocador, a perspectiva de Seu Chiquinho, hoje aos 67 anos, desloca o muro construído de tijolos de letramento para instituir um território onde existe uma estética e uma forma de relacionamento com a arte criada a partir da leitura do mundo, amparada a partir da escuta. Diante das diferentes adversidades traremos uma análise que envolve e percebe o homem amazônico e suas aprendizagens diante das representações produzidas pelo “outro” a partir do imaginário e desconstruiremos as percepções vindas de uma imagem que ofusca a realidade vivenciada no seringal no que consiste a expressão musical.
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