Viver para caminhar

Caminhar para viver - experiências, imaginações e espacialidades dos pés

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23899/relacult.v8i4.2290

Palavras-chave:

arte, caminhar, creative geography, geografia cultural, gesto

Resumo

Existem muitas formas de percorrer o mundo e uma delas é com os pés, caminhando. Esse gesto, geralmente aprendido ainda nos primeiros meses de vida, nos permite movimentar o corpo pelo espaço e com o passar do tempo, nos auxilia a transformar nosso entorno, criar relações com o meio, buscar algo como uma experiência geográfica. São muitas as pessoas que têm dedicado suas pesquisas ao movimento dos pés, por isso, pensar sua geograficidade tem certas complexidades, levando em consideração a célebre frase, compartilhada por muitos que passam por esse campo de conhecimento: geografia se faz com os pés. Este trabalho não se propôs somente a pensar sobre o caminhar, mas acima de tudo, a exercer esse gesto. A partir de investigações que tem nesse movimento seu meio e, principalmente, tendo como proposta metodológica a creative geography, metodologia que tem nas práticas experimentais e artísticas uma maneira de relacionar os dois campos, de modo que a arte não seja entendida apenas como uma ferramenta de interpretação espacial, pretendeu-se pensar sobre as formas de caminhar e seus efeitos sobre a imaginação e produção espacial, a partir de trajetos realizados durante o ano de 2021, que tiveram como resultado a produção de fotografias e objeto em argila.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Thays Ukan, Universidade Federal do Paraná

Mestranda em Geografia pelo programa de pós-graduação em geografia da Universidade Federal do Paraná (UFPR); Pesquisadora associada ao Laboratório de território, cultura e representações (LATECRE - UFPR); Curitiba; Paraná; Brasil. thaysukan@gmail.com

Marcos Alberto Torres, Universidade Federal do Paraná

Doutor em Geografia pelo programa de pós-graduação em geografia da Universidade Federal do Paraná; Coordenador do Laboratório de território, cultura e representações (LATECRE - UFPR); Curitiba; Paraná; Brasil. marcostorres.geo@gmail.com

Referências

AGAMBEN, Giorgio. O que é o ato de criação? In: ________. O fogo e o relato: ensaios sobre criação, escrita, arte e livros. Trad. Andrea Santurbano e Patricia Peterle. 1. ed. - São Paulo: Boitempo, 2018.

__________. Notas Sobre o Gesto. In: _________. Meios sem fim: notas sobre política. Trad. Davi Pessoa Carneiro. 1 ed. 3 reimp. Belo Horizonte : Autêntica Editora, 2017

__________. Signatura rerum: sobre o método. Trad. Andrea Santurbano e Patricia Peterle. 1. ed. - São Paulo: Boitempo, 2019

ARÁOZ, Horacio Machado. La ‘Naturaleza’ como objeto colonial: Una mirada desde la condición eco-bio-política del colonialismo contemporáneo. Boletín Onteaiken No 10 - Noviembre 2010

CARERI, Francesco. Walkscapes: o caminhar como prática estética. Tard. Frederico Bonaldo. 1. ed. São Paulo: Editora G. Gill, 2013.

DARDEL, Eric. O Homem e a Terra: natureza da realidade geográfica. Trad. Werther Holzer. São Paulo: Perspectiva, 2015

HAWKINS, Harriet. For creative Geographies: Geography, Visual Arts and the Making of Worlds. Routledge: London, 2014.

HUMBOLDT, Alexander von. Cosmos: ensayo de una descripción física del mundo. TOMO 1. Biblioteca hispano-sur-americana: Bélgica, 1875

LABBUCCI, Adriano. Caminhar: uma revolução. Trad. Sérgio Maduro. São Paulo: Martins Fontes, 2013.

MASSEY, Doreen. Pelo espaço: uma nova política da espacialidade. Trad. Hilda Pareto Maciel e Rogério Haesbaert. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008

MIGNOLO, Walter. Aiesthesis decolonial. Registro de “Mimesis & Transgression / Mimesis y Transgresión” [S3BM5A], de Black Mirror / Espejo Negro: Suites Fotográficas, Pedro Lasch, 2007-2008.

O’SULLIVAN, Timothy M. Walking In Roman Culture. United Kingdom: Cambridge University Press, 2011.

RANCIÈRE, Jacques. A partilha do Sensível: estética e política. Trad. Mônica Costa Netto. 2 ed. (5ª reimpressão). São Paulo: EXO experimental org.; Editora 34, 2020.

SALLES, Cecília Almeida. Gesto Inacabado: processo de criação artística. 5 ed. São Paulo : Intermeios, 2011.

SANTAELLA, Lúcia. Ignições das artes contemporâneas na virada especulativa. In.: Ignições [recurso eletrônico] / organização Cleomar Rocha e Lucia Santaella. Goiânia: Media Lab/UFG: Ciar, 2017. Disponível em: https://publica.ciar.ufg.br/ebooks/invencoes/livros/4/capitulos/c04.html Acesso em: 20 de jan. 2022.

SCHILLER, Friedrich. A educação estética do homem: numa série de cartas. Trad. Roberto Schwarz e Márcio Suzuki. São Paulo : Iluminuras, 1989.

SOLNIT, Rebecca. A História Do Caminhar. Trad. Maria do Carmo Zanini. São Paulo : Martins Fontes, 2016

SOUZA JUNIOR, Carlos Roberto Bernardes de; ALMEIDA, Maria Geralda. Geografias Criativas: afinidades experienciais na relação arte-geografia. Sociedade & Natureza. Uberlândia, MG. v.32. p.484-493. 2020. Disponível em: https://doi.org/10.14393/SN-v32-2020-47209 Acesso em: 20 de jan. 2022.

TUAN, Yi-Fu. On Walking. Disponível em: http://www.yifutuan.org/archive/2012/2012onwalking.htm Acesso em: 25 de out. 2021.

Downloads

Publicado

2023-03-19

Como Citar

Ukan, T., & Torres, M. A. (2023). Viver para caminhar: Caminhar para viver - experiências, imaginações e espacialidades dos pés. RELACult - Revista Latino-Americana De Estudos Em Cultura E Sociedade, 8(4). https://doi.org/10.23899/relacult.v8i4.2290

Edição

Seção

VII Encontro Humanístico Multidisciplinar