Trajetórias da sobrevivência da arquitetura e do patrimônio cultural quilombola: memórias e interferências
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v6i3.2024Palavras-chave:
arquitetura quilombola, patrimônio cultural, memória quilombola, afro-brasileiroResumo
A memória e a história são os componentes que difundem a identidade ao indivíduo, mas são regradas por interferências e transformações. Nesse sentido, este artigo tem como principal objetivo analisar de forma crítica de que modo a arquitetura e o patrimônio cultural quilombola tem sobrevivido. Desse modo, metodologicamente, foi feito uma análise, fazendo o uso do materialismo histórico dialético, a partir das seguintes categorias: história, contradição e trabalho. Com isso, foi obtido como resultado que as diversas formas de construir foram modificadas; tanto o método de trabalho como suas configurações arquitetônicas. Além disso, foi alcançado que parte da memória sofreu modificações, implicadas pela burguesia, o capital e o estado, mas se mantém em partes dada a oralidade e a dimensão territorial.Métricas
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