Quebrando Urnas: as formas de silenciamento e apagamento da cultura material e memória utilizadas pelos invasores europeus na Manaus colonial (séc.XVII-XIX)
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v5i5.1654Palavras-chave:
História, Interdisciplinaridade, Arqueologia, Amazônia,Resumo
A colonização empreendida na Amazônia portuguesa pode ser aqui entendida como um processo multifacetado, onde surgem discussões sobre as imposições de poder e cultura, ao mesmo tempo em que havia uma preocupação em ocupar territórios e os proteger contra invasões de outros europeus. A Coroa portuguesa e a Igreja Católica tomam parte na colonização, assim como os próprios habitantes dos povoados portugueses, que veem no indígena uma fonte fácil de lucro, exploração do trabalho e expurgo. Vê-se a violência como uma forma de oprimir, mas também de reafirmar uma pretendida soberania do branco. É também nas convivências do período colonial na Amazônia, em especial no Lugar da Barra, futura cidade de Manaus, onde se constrói um campo de lutas e tensões entre os colonizadores e os nativos, cada um com seus meios de lidar com o conflito, amenizá-lo ou intensificá-lo. Neste trabalho, através do entrecruzamento de dados históricos e arqueológicos, o silenciamento da memória e o apagamento da cultura material são entendidos como formas de afetar diretamente a identidade e cultura dos povos indígenas no período, inserido na colônia portuguesa, entre os séculos XVII e XIX.
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