Mulheres, trabalho não pago e sofrimento social no filme A Vida Invisível (2019)
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v6i2.1879Palabras clave:
cinema, reconhecimento, sofrimento social, trabalho domésticoResumen
Este ensaio apresenta algumas possibilidades de diálogo entre as ideias de reconhecimento e de sofrimento social, se inserindo no campo de uma teoria crítica da sociedade. A partir da constatação da trajetória de indivíduos que compartilham experiências históricas de injustiça, foi possível refletir a respeito do contrato moral existente em torno da divisão sexual do trabalho, e como este designa – de forma naturalizada – às mulheres o cumprimento das funções domésticas. Por meio dessa discussão, notamos como o trabalho doméstico, ao não ser remunerado, torna-se algo estranho ao mundo capitalista; encobrindo duplamente as funções domésticas com invisibilidade e não reconhecimento. Ao final do trabalho, apresenta-se a personagem Eurídice Gusmão, do filme A Vida Invisível (2019), pois sua trajetória nos auxilia a demonstrar como a obrigação conjugal e familiar pode ferir a autonomia feminina.
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