PARA ALÉM DE UM CORPO VISÍVEL: O PAPEL DA LITERATURA DE FICÇÃO CIENTÍFICA NAS TRANSFORMAÇÕES DA IMAGEM HUMANA NAS REDES SOCIAIS VIRTUAIS
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v4i0.757Keywords:
Sociologia Digital, redes sociais, literaturaAbstract
O artigo se dispõe a discutir a relação entre um ideário presente na literatura cyberpunk e como a mesma relaciona-se com uma sociedade informacional, principalmente acerca da Internet e da produção de deslocamento de um ambiente real para um ambiente virtual. Dessa forma, com o advento de uma sociedade tecnológica, e o predomínio de uma era informacional das redes de computadores e outros dispositivos, uma sociabilidade mediante esses aparelhos poderia ser vista como a nova forma de interação social. Nisso surge o indivíduo que busca fica o tempo todo conectado, o homo panopticus, o que geraria alguns problemas que pretendemos aqui discutir, como o ato de expor-se e de consumir exposição sem limites, gerando uma espécie de dependência.Metrics
References
AMARAL, Adriana. A potência do imaginário de Neuromancer nas origens da cibercultura. IN: GIBSON, William. Neuromancer. São Paulo: Aleph, 2016.
AMARAL, Adriana. Visões Perigosas: uma arque-genealogia do cyberpunk. Porto Alegre/RS: Sulina, 2006.
ANDERSON, Perry. As origens da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.
BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da Pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.
BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.
BENJAMIN, Walter. Baudelaire e a Modernidade. Belo Horizonte/MG: Editora Autêntica, 2015.
BENTHAM, Jeremy. O Panóptico. Belo Horizonte/MG: Editora Autêntica, 2008.
BECK, Ulrich. Sociedade de risco. Rumo a uma outra modernidade. São Paulo: Editora 34, 2011.
BENDIX, Reinhard. A sociedade moderna. IN: PARSONS, Talcott (org). A Sociologia Americana. São Paulo: Cultrix, 1970.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede (A era da informação: economia, sociedade e cultura, v.1). São Paulo: Editora Paz e Terra, 1999.
CASTELLS. Manuel. A galáxia da Internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003.
CRARY, Jonathan. 24/7. Capitalismo e os fins do sono. São Paulo: Cosac Naify, 2014.
COSTA, Rogério da. Sociedade de Controle. São Paulo em Perspectiva, 18(1): 161-167, 2004.
DELEUZE, Gilles. GUATTARI, Félix. O Anti-Édipo: Capitalismo e Esquizofrenia. São Paulo: Ed.34, 2010.
DELEUZE, Gilles. Désir e plaisir. Magazine Littéraire. Paris, n. 325, oct, 1994, pp. 57-65. (Desejo e Prazer). Disponível em: espaço michel foucault – www.filoesco.unb.br/foucault.
DELEUZE, Gilles. Post-scriptum sobre a sociedade de controle. IN: DELEUZE, Gilles. Conversações 1972-1990. São Paulo: Editora 34, 1992.
DURKHEIM, Emile. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
DURKHEIM, Emile. Da Divisão Social do Trabalho. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
ECO, Umberto. A história da feiura. Rio de Janeiro: Record, 2014.
ELIAS, Norbert. O processo civilizador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1993.
ELIAS, Norbert. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1994.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988. 152 p.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. O nascimento da prisão. Petrópolis/RJ: Vozes, 2006.
FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
GIBSON, William. Neuromancer. São Paulo: Aleph, 2016.
HUYSSEN, Andreas. Culturas do passado-presente. Modernismos, artes visuais, políticas de memória. Rio de Janeiro: Contraponto, 2014.
KERLINGER, Fred. Metodologia de Pesquisa em Ciências Sociais: um tratamento conceitual. São Paulo: EPU, 1980.
KITTLER, Friedrich. As mídias ópticas. São Paulo: Contraponto, 2016.
KOSELLECK, Reinhart. Crítica e Crise. Uma contribuição à patogênese do mundo burguês. Rio de Janeiro: Contraponto, 2015.
LACAN, Jacques. Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.
LEGROS, Patrick, MONNEYRON, Frédréric, RENARD, Jean-Bruno, TACUSSEL, Patrick. Sociologia do Imaginário. Porto Alegre/RS: Sulina, 2014.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 2011.
MACHADO, Roberto. Por uma genealogia do poder. IN: FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.
MATHIESEN, Thomas. A sociedade espectadora: o “panóptico” de Michel Foucault revisitado. Margem, São Paulo, n.8, p.77-95, dez.1998.
MATHIESEN, Thomas. The viewer society: Michel Foucault “Panopticon” revisited. IN: Theoretical criminology: an international journal 1(2) pp. 215-232, London: Sage, 1997.
MENEZES, Estera M. SILVA, Edna Lúcia. Metodologia de pesquisa e elaboração de dissertação. Florianopólis/SC: UFSC, 2001.
MILLER, Jacques-Alain. A máquina panóptica de Jeremy Bentham. IN: BENTHAM, Jeremy. O panóptico. Belo Horizonte/MG: Editora Autêntica, 2008.
MILLER, Jacques-Alain. Lacan elucidado: palestras no Brasil. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.
MISKOLSCI. Richard. Sociologia Digital: notas sobre pesquisa na era da conectividade. Contemporânea – Revista de Sociologia da UFSCar. v.6, n.2 p. 275-297. Jul-Dez. 2016.
MCLUHAN, Marshall. Os meios de comunicação como extensões do homem. São Paulo: Cultrix, 2006.
MOCELLIN, Alan. Simmel e Bauman: modernidade e individualização. Em Tese, Vol.4 n.1 (1), agosto-dezembro/2007, p.101-118 ISSN 1806-5023.
NUNES, Tiago Ribeiro. Lacan e a negatividade do desejo. Revista de Psicologia da USP 2015, volume 26, número 3, pp. 423-429.
ORWELL, George. 1984. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
POGREBINSCHI, Thamy. Foucault, para além do poder disciplinar e do biopoder. Lua Nova N.63, 2004.
QUÉAU, Philippe. O Tempo do Virtual. IN: PARENTE, André (org.) Imagem-Máquina. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993. pp. 91-100.
REMY, Jean. Gran ciudad y pequeña ciudad: tensiones entre sociabilidad y estética en Simmel. IN: MARQUÉZ, Francisca (ed.) Las ciudades de Georg Simmel. Santiago do Chile: Ediciones Universidad Alberto Hurtado, 2012.
SANTOS, Claudinei Caetano dos. A ação do controle velado – do panóptico ao sinóptico. Revista eletrônica do instituto de filosofia – IF Science Institute. ISSN 1984-5804. Disponível em: www.institutodefilosofia.com.br.
SEELIE, Tod. Inside an abandoned Panopticon prison in Cuba. Disponível em: www.atlasobscura.com, acessado em junho de 2017.
SERRES, Michel. Polegarzinha: uma nova forma de viver em harmonia, pensar as instituições, de ser e de saber. São Paulo: Bertrand Brasil, 2013.
SIBILIA, Paula. O homem pós-orgânico. Rio de Janeiro: Contraponto, 2015.
SILVA, M.P. e MOURA, C.B. Mídia e a figura do anormal na mira do sinóptico: a constituição discursiva de subjetividades femininas. Rev. Estud. Fem. [online]. 2008, vol.16, n.3, pp.841-855.
SIMMEL, Georg. Filosofia da moda e outros escritos. Lisboa: Textografia, 2008.
SIMMEL, Georg. As grandes cidades e a vida do espírito (1903). Mana, out-2005, vol. 11, n. 2, p.577-591.
SIMMEL, Georg. O dinheiro na cultura moderna. IN: SOUZA, Jessé e ÖELZE, Berthold. Simmel e a modernidade. Brasília: UnB. 1998. p.109-117.
SIMMEL, Georg. O indivíduo e a liberdade. IN: SOUZA, Jessé e ÖELZE, Berthold. Simmel e a modernidade. Brasília: UnB. 1998. p. 109-117.
SIMMEL, Georg. Questões fundamentais de sociologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.
STEPHENSON, Neil. Snow Crash. São Paulo: Aleph, 2015.
VANDERBERGHE, Frédéric. As sociologias de Georg Simmel. Bauru: EDUSC, 2005.
VIRILIO, Paul. Estética da desaparição. Rio de Janeiro: Contraponto, 2016.
WAIZBORT. Leopoldo. As aventuras de Georg Simmel. São Paulo: Editora 34, 2006.
ZABLUDOVSKY K. Gina. El concepto de individualización en la sociologia clásica y contemporánea. Política y Cultura, núm. 39, 2013, pp. 229-248. Universidad Autónoma Metropolitana Unidad Xochimilco. DF, México.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos trabalhos publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.