Identidades Homossexuais na Territorialidade Tradicionalista

Authors

  • Edipo Djavan dos Reis Göergen Universidade Federal de Santa Maria
  • Flavia Rubiane Durgante Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.23899/relacult.v1i02.142

Keywords:

Geografia, Gênero, Sexualidade, Território, Territorialidade

Abstract

Este artigo apresenta o debate teórico que sustenta a pesquisa de mestrado desenvolvida pelo autor. Tendo por base suas vivências em contextos de tradicionalismo gaúcho, o autor deste trabalho tem percebido a grande quantidade de homossexuais, ou indivíduos que se auto-denominam não-heterossexuais, integrando as atividades artísticas do Movimento Tradicionalista Gaúcho, ou a territorialidade tradicionalista. Interessado em investigar tal fenômeno, o autor tem desenvolvido o projeto de pesquisa “Os Espaços Paradoxais de Relações Homoeróticas na Territorialidade Tradicionalista”, sob orientação do prof. Dr. Benhur Pinós da Costa, no Programa de Pós-Graduação em Geografia (UFSM). Para que essa pesquisa seja realizada, levam-se em conta as relações de gênero e de sexualidade que estão envolvidas no tema. Dessa forma, por ainda se tratarem de temáticas tidas como insignificantes na sociedade em geral e marginalizadas no campo científico, para que o presente trabalho fosse empreendido, buscou-se amparo teórico nas geografias feministas e queer, segmentos contemporâneos da ciência geográfica.

Metrics

Metrics Loading ...

Author Biographies

Edipo Djavan dos Reis Göergen, Universidade Federal de Santa Maria

Licenciado em História, pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - URI - Campus de Santo Ângelo;

Mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia, pela Universidade Federal de Santa Maria - Campus de Santa Maria. 

Flavia Rubiane Durgante, Universidade Federal de Santa Maria

Graduada em Comunicação Social - Habilitação Jornalismo pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó);

Pós-Graduada em Comunicação Integrada pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó);

Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia, pela Universidade Federal de Santa Maria - Campus de Santa Maria. 

References

BONNEMAISON, J.; VANUATU. O. Viagem em torno do território. In: CORRÊA, R. L.; ROSENDAAL, Z. (Org). Geografia Cultural: um século. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2002.

BUTLER, J. Problemas de Gênero: Feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

BRUM, C. K. “As (re) configurações do gauchismo” pensando as relações entre o movimento tradicionalista gaúcho e a escola. In, Disponível em <http://coral.ufsm.br/gpforma/2senafe/PDF/019e3.pdf>. Acesso em 24 de junho de 2015.

CESAR, T. R. A. O.; PINTO, V. A. M. A Produção Intelectual da Geografia Brasileira, entorno das Temáticas de Gênero e Sexualidades: uma visão a partir dos periódicos on line. In, Revista Latino-americana de Geografia e Gênero, Ponta Grossa, v. 6, n. 2, ago. / dez. 2015, p. 119-132.

CLAVAL, P. O território na transição da pós-modernidade. In, GEOgraphia, ano 1, n 2, 1999, p. 7-26.

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE TRADIÇÃO GAÚCHA. Disponível em <http://www.cbtg.com.br/_sitio/ctgs/mapa.php>. Acesso em 14 de outubro de 2014.

GOMES, P. C. Um lugar para a Geografia: contra o simples, o banal e o doutrinário. In, MENDONÇA, F. A., LOWEN-SAHR, C. L., SILVA, M. (org.). Espaço e tempo: complexidade e desafios do pensar e do fazer geográfico. Curitiba: Associação de Defesa do Meio Ambiente e Desenvolvimento de Antonina (ADEMADAN), 2009, p. 13-30.

GOLIN, T. A ideologia do gauchismo. Porto Alegre: Tchê, 1983.

HALL, S. A identidade cultural da pós-modernidade. 10ª ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2005.

MTG, site. Disponível em . Acesso em 24 de junho de 2015, às 18:50 horas.

ORNAT, Marcio Jose. Espacialidades travestis e a instituição do território paradoxal. In, SILVA, Joseli Maria (org.). Geografias Subversivas: discursos sobre espaço, gênero e sexualidades. Ponta Grossa: Todapalavra, 2009, p. 177-210.

RAFFESTIN, C. Por uma Geografia do Poder. São Paulo: Ática. 1993.

RATZEL, F. O solo, a sociedade e o estado. In, Revista do Departamento de Geografia – USP, v. 2 , 1983, p- 93 – 101.

RITTER, C. Reflexões epistemológicas sobre os “territórios de identidade”. In, Revista Geografar, Curitiba, v. 6, n. 1, jun. 2011, p. 95-109.

ROSE, G. Feminism & Geography: the limits of geographical knowledge. Cambridge: Polity Press, 1993.

SACK, R. D. Human Territorility – Its Theory and History. Cambridge: Cambridge University Press, 1986.

SAQUET, M. A. Território e identidade. In, Anais do X encontro de geógrafos da América Latina, Universidade de São Paulo, São Paulo, mar. 2005, p. 13869-13881.

SILVA, J. M. Fazendo geografias: pluriversalidades sobre gênero e sexualidade. In: SILVA, Joseli Maria (org.). Geografias Subversivas: discursos sobre espaço, gênero e sexualidades. Ponta Grossa: Todapalavra, 2009, p. 25-54.

SILVA, S. M. V. Geografia e gênero/geografia feminista: o que é isto? In, Boletim Gaúcho de Geografia, nº 23, Porto Alegre: UFRGS, 1998, p. 105-110.

SOUZA, M. L. O território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento. In: CASTRO, Iná et. al. (Orgs.). Geografia: Conceitos e Temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995. p.77-116.

SPOSITO, E. S. A propósito dos paradigmas de orientações teórico-metodológicas na Geografia contemporânea. In, Terra Livre, São Paulo, n. 16, 2001, p. 99-112.

Published

2015-12-31

How to Cite

dos Reis Göergen, E. D., & Durgante, F. R. (2015). Identidades Homossexuais na Territorialidade Tradicionalista. RELACult - Revista Latino-Americana De Estudos Em Cultura E Sociedade, 1(02), 167–177. https://doi.org/10.23899/relacult.v1i02.142

Issue

Section

Dossiê - Estudos de Gênero, Feminismo e Sexualidades