Relação mulheres e natureza nos interstícios da Educação Ambiental
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v4i0.747Palavras-chave:
Acontecimentos, Educação Ambiental, Gênero, Mulheres, NaturezaResumo
Como educadoras-pesquisadoras ambientais assumimos um compromisso ético e político, nos provocando a pensar sobre o campo de saber da Educação Ambiental como uma possiblidade de criarmos outras formas de pensar e problematizar verdades e certezas que atravessam a relação das mulheres com a natureza, que tomam como natural na seara da Educação Ambiental. Para alcançar o objetivo proposto nesta pesquisa vamos percorrer alguns acontecimentos discursivos que entrelaçam mulheres e natureza, através das teorizações de Michel Foucault entendemos que os acontecimentos discursivos são eventos importantes, traçados históricos que são tomados como discursos, assim pinçamos da história a Primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (Estocolmo, 1972); a Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental (Tbilisi, 1977), que destacam a relação do homem para solução dos problemas ambientais pautados na racionalidade científica e os eventos da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente (Rio de Janeiro, 1992) e a IV Conferência das Nações Unidas sobre a Mulher (Pequim, 1995) que posiciona as mulheres em destaque, convocando-as para proteção e cuidado do planeta. Nessa direção, utilizamos as contribuições de estudos de gênero e meio ambiente a fim de mostrar o quanto estes modos de pensar, valorizar e conceituar a relação mulheres e natureza vem se constituindo e se modificando pela história e cultura. Além disso, visibilizar as aproximações com a educação ambiental nos possibilita problematizarmos e (re)inventarmos novos modos de nos relacionar com a natureza na atualidade.Métricas
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