Entre esquerdas renovadoras e refundadoras: os sistemas partidários brasileiro e venezuelano no contexto da “maré rosa”
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v3i3.660Palavras-chave:
Sistemas Partidários, Maré Rosa, América do SulResumo
O artigo tem por objetivo analisar as características dos sistemas partidários brasileiro e venezuelano no contexto da “maré rosa”. A conformação de diversos governos que se definem como esquerda ou centro-esquerda, progressistas de uma maneira geral, representou um momento ímpar para a historiografia política Latino-Americana e fez emergir uma vasta literatura sobre as trajetórias e características destas forças políticas. Independentemente das categorizações utilizadas, as forças políticas que emergiram no Brasil e na Venezuela são inseridas, consensualmente, em categorias distintas. De modo mais amplo, lançamos mão da metodologia comparativa e, em sentido estrito, nos fundamentamos no diálogo com as unidades de análise de sistemas partidários (MAINWARING; TORCAL, 2006 e HUNTINGTON, 1968). Isto posto, defende-se que distintos sistemas partidários foram responsáveis pela conformação de diferentes tipologias de esquerdas.
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