Processo de Ensino da Língua Portuguesa para Imigrantes Haitianos
DOI:
https://doi.org/10.23899/relacult.v3i3.591Palavras-chave:
Ensino de Língua Portuguesa a Imigrantes, Língua de Acolhimento, Práticas de MultiletramentoResumo
Nos últimos tempos, mudanças significativas vêm ocorrendo no ensino de português como língua estrangeira (PLE), em decorrência da nova demanda de imigrantes que entra no Brasil. Estas pessoas chegam, muitas vezes, em situações de vulnerabilidade e precisam aprender a língua em caráter de urgência para a integração coletiva como convivência no trabalho e na comunidade. Neste cenário, dá-se conta de que o país não está preparado para acolher esta população e possibilitar o aprendizado da língua portuguesa, que seria a primeira ação de acolhimento. Conscientes dessa realidade, nosso objetivo, neste artigo, é apresentar nossa proposta de pesquisa que visa analisar como acontece o processo de ensino de língua portuguesa para um grupo de imigrantes haitianos, adultos, trabalhadores da linha de produção em fabrica de fios da cidade de Toledo, região oeste do Paraná. Nossa proposta é promover formas de ensino que contemplem a necessidade deste grupo, proporcionando práticas pedagógicas dentro de metodologias que permitam utilizar recortes da comunicação das práticas cotidianas destes sujeitos, apresentando-lhes um aprendizado da língua-alvo de forma significativa, a partir da perspectiva do multiletramento. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa qualitativa interpretativista, de cunho etnográfico, ancorada pela pesquisa-ação. Como base teórica, sustentamos a pesquisa na Linguística Aplicada (PENNYCOOK, 2006; MOITA LOPES 2006; dentre outros); em reflexões que alicerçam o letramento (FREIRE, 1987); nos Novos Estudos do Letramento (STREET 2003; BARTON 1994; BARTÃO e HAMILTON 1998; GEE 2004, 2005; DIONÍSIO 2007a, 2007b) e nas abordagens de Ensino da Língua Portuguesa como L2/LE (ALMEIDA FILHO, 2001, 2002).
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Referências
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